Líderes moçambicanos reafirmam desarmamento até fim do ano

O presidente moçambicano, Filipe Nyusi, e o presidente da Renamo, Ossufo Momade, reuniram-se, esta sexta-feira, e reafirmaram o compromisso de concluir até final do ano o desarmamento dos ex-guerrilheiros daquele que é hoje o principal partido da oposição.

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Lusa
07/10/2022 21:08 ‧ 07/10/2022 por Lusa

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Moçambique

"O compromisso permanente de concluir a componente de desarmamento e desmobilização até final do ano foi reafirmado por ambas as partes, com reconhecimento mútuo de sua importância nacional", anunciou em comunicado o Enviado Pessoal do Secretário-Geral das Nações Unidas, Mirko Manzoni.

O enviado de Guterres tem mediado o processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) das forças da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), na sequência do acordo de paz de 2019.

"Os líderes comprometeram-se a retomar o DDR nos próximos dias e a avançar nos principais tópicos discutidos" sobre o futuro dos desmobilizados, tais como "a sustentabilidade na aplicação de pensões" e "o enquadramento na Polícia da República de Moçambique".

Nyusi e Momade reafirmaram também "a sua dedicação em priorizar o diálogo como fundamento para a construção de uma paz duradoura".

"Como Nações Unidas estamos juntos com o povo moçambicano para garantir que o país permaneça no caminho certo para alcançar a paz definitiva e a reconciliação nacional", conclui Mirko Manzoni.

As declarações de esta sexta-feira surge em linha com o discurso do primeiro-ministro moçambicano, Adriano Maleiane, no final de setembro, perante a Assembleia-Geral das Nações Unidas.

Maleiane referiu que o governo conta concluir ainda este ano o desarmamento dos antigos guerrilheiros da Renamo.

Do total de 5.221 elementos a abranger, 4.002 já entregaram as armas, referiu.

"Com a conclusão desta etapa, mudará o foco" do processo, acrescentou, salientando que as atenções passarão a estar centradas "numa reintegração a longo prazo e uma reconciliação mais efetiva".

"São fatores essenciais para garantir a sustentabilidade do processo de paz e de consolidação da unidade nacional", concluiu.

Leia Também: Militares franceses saem da RCA onde estavam desde 1962

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