Meteorologia

  • 28 MARçO 2024
Tempo
13º
MIN 11º MÁX 18º

Moscovo critica declarações de Zelensky sobre "ataques preventivos" da NATO

Moscovo criticou hoje duramente declarações do Presidente ucraniano por falar de "ataques preventivos" da NATO contra a Rússia, tendo Kiev esclarecido que Volodymir Zelensky se referia a sanções preventivas e não ataques nucleares.

Moscovo critica declarações de Zelensky sobre "ataques preventivos" da NATO
Notícias ao Minuto

22:49 - 06/10/22 por Lusa

Mundo Ucrânia

"O que deve fazer a NATO? Eliminar a possibilidade de a Rússia utilizar armas nucleares. Mas, acima de tudo, faço novamente um apelo à comunidade internacional, como antes de 24 de fevereiro: ataques preventivos, para que saibam o que lhes irá acontecer se as utilizarem", disse hoje o líder ucraniano, numa videoconferência com o grupo de reflexão australiano do Lowy Institute.

O Presidente Ucraniano acrescentou que não se pode esperar por ataques nucleares russos e sublinhou ser necessário rever a forma como a NATO faz pressão.

Após estas declarações, o porta-voz de Zelensky, Sergei Nykyforov, explicou que as observações feitas pelo Presidente diziam respeito a sanções preventivas que poderiam ter sido decididas contra Moscovo antes da ofensiva de 24 de fevereiro, e não a ataques militares preventivos.

"O Presidente falou sobre o período anterior a 24 de fevereiro. Deveriam na altura ter sido tomadas medidas preventivas, de modo a não permitir que a Rússia começasse a guerra. Recordo que as únicas medidas que foram discutidas na altura foram sanções", sublinhou, no Facebook, Nykuforov, acrescentando que Kiev "nunca" apelaria para a utilização de armas nucleares.

As declarações foram criticadas por vários responsáveis russos.

"Tais declarações não são mais do que um apelo para iniciar uma nova guerra mundial, com consequências monstruosas e imprevisíveis", reagiu o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, citado pela agência Ria Novosti.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,5 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.114 civis mortos e 9.132 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

Leia Também: AO MINUTO: Biden admite reunião com Putin; Desertores pedem asilo a EUA

Recomendados para si

;
Campo obrigatório