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Ministro da Defesa moçambicano diz que "não há alastramento" do conflito

O ministro da Defesa de Moçambique disse que "não há alastramento" do conflito armado no norte de Moçambique, face a alguns ataques suspeitos registados em Nampula, província vizinha de Cabo Delgado.

Ministro da Defesa moçambicano diz que "não há alastramento" do conflito
Notícias ao Minuto

18:08 - 03/10/22 por Lusa

Mundo Moçambique/Ataques

"Não há alastramento. São grupos pequenos" que atacam nas províncias vizinhas e, "por isso, é possível movimentarem-se com muita facilidade, atacarem num ponto e desaparecerem pelas matas", frisou o ministro da Defesa, citado hoje pela Televisão de Moçambique.

O governante garantiu ainda que todos os rebeldes vão ser "capturados, mais tarde ou mais cedo".

"Não há bandido que vá durar para sempre, custe o tempo que custar", declarou o governante.

Em setembro, grupos desconhecidos atacaram aldeias de dois distritos na linha de fronteira entre Nampula e Cabo Delgado.

As incursões rebeldes provocaram um total de 47 mil deslocados, mas a maior parte já voltou às suas zonas de origem com a melhoria das condições de segurança, informou hoje à Lusa o delegado do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD) em Nampula, Alberto Armando.

O ministro recordou alguns ataques registados em dezembro de 2021 no Niassa, província que também faz fronteira com Cabo Delgado, que se suspeita que tenham sido causados pelos grupos rebeldes, referindo que as Forças de Defesa e Segurança "estiveram lá" e repuseram a segurança.

Cabo Delgado enfrenta uma insurgência armada desde 2017 com alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

A insurgência levou a uma resposta militar desde há um ano por forças do Ruanda e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), libertando distritos junto aos projetos de gás, mas levando a uma nova onda de ataques noutras áreas.

Há cerca de 800 mil deslocados internos devido ao conflito, de acordo com a Organização Internacional das Migrações (OIM), e cerca de 4.000 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED.

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