Líder nas sondagens de intenção de voto, Lula da Silva estava acompanhado de seu candidato a vice-presidente, Geraldo Alckmin, de sua mulher, a socióloga Rosângela da Silva, da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e do candidato do PT ao Governo de São Paulo, Fernando Haddad.
Após votar, o candidato do Partido dos Trabalhadores (PT) beijou o comprovante de votação e deixou a sala.
Com 'chances' de vencer na primeira volta, Lula da Silva tem entre 50% e 51% das intenções de voto, segundo sondagens divulgadas no sábado pelo DataFolha e o Ipec, respetivamente, e é seguido pelo Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, com 36% e 37% das intenções de voto, Ciro Gomes (5% e 5%, nas duas sondagens) e Simone Tebet (6% e 5%).
Em declarações aos 'media' depois do voto, Lula da Silva afirmou que o Brasil "precisa recuperar o direito de ser feliz."
"Queremos um país que viva em paz, com esperança e que acredite no futuro", disse.
Segundo o ex-presidente, esta serão as eleições "mais importantes" para ele, que governou por dois mandatos, entre 2003 e 2010, depois de ter perdido as eleições de 1989, 1994 e 1998.
"Em 2018 não pude votar porque estive preso, vítima de uma mentira, e quatro anos depois estou votando com o reconhecimento da minha total liberdade e a possibilidade de voltar a ser presidente deste país e voltar à normalidade", acrescentou.
O candidato do PT permaneceu preso por 580 dias por duas condenações por corrupção, posteriormente anuladas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Lula da Silva também criticou a gestão durante a pandemia do atual Presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro.
Ao contrário das eleições anteriores, todas as assembleias de voto abriram às 08:00 de Brasília (12:00 em Lisboa), numa espécie de subordinação de todas as mesas ao fuso horário da capital brasileira.
Os mais de 156 milhões de eleitores poderão votar até às 17:00 de Brasília (21:00 em Lisboa), nas 577.125 urnas eletrónicas espalhadas por 5.570 cidades do país.
Além de Lula da Silva e Bolsonaro, disputam as presidenciais brasileiras os candidatos Ciro Gomes, Simone Tebet, Luís Felipe D'Ávila, Soraya Tronicke, Eymael, Padre Kelmon, Leonardo Pericles, Sofia Manzano e Vera Lúcia.
Caso nenhum dos candidatos presidenciais ultrapasse 50% dos votos válidos, os dois mais votados voltam a enfrentar-se numa segunda volta em 30 de outubro.
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