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Forças de segurança da Etiópia acusadas de execuções sumárias de 50 civis

A Comissão Etíope dos Direitos Humanos (EHRC, na sigla em inglês) acusou hoje as forças de segurança de uma região do sudoeste da Etiópia da execução sumária de pelo menos 50 civis em junho, após combates contra os rebeldes.

Forças de segurança da Etiópia acusadas de execuções sumárias de 50 civis
Notícias ao Minuto

18:53 - 28/09/22 por Lusa

Mundo Etiópia

A instituição pública, mas estatutariamente independente, publica um relatório de 13 páginas sobre "mortes, ferimentos, danos em bens e pilhagens contra civis, levados a cabo pelas forças de segurança entre 14 e 16 de junho, após os combates de 14 de junho na vila de Gambella", contra os rebeldes da Frente de Libertação de Gambella (GLF, na sigla em inglês) e o Exército de Libertação Oromo (OLA).

Estes dois grupos tinham atacado a vila na madrugada desse dia e as forças de segurança tinham retomado o seu controlo ao início da tarde, após horas de combates.

A EHRC acusou, alguns dias mais tarde, as forças de segurança de terem perpetrado execuções sumárias "casa a casa" após a reconquista da vila.

"Pelo menos 50 civis, entre os quais mulheres e deficientes mentais, acusados de protegerem combatentes (rebeldes) e de deterem armas, foram executados sumariamente, individualmente ou coletivamente" pelas forças regionais que retomaram a vila, escreve a EHRC no relatório.

A instituição acusa ainda a polícia e as forças militares regionais, apoiadas por milícias locais, de terem causado ferimentos, leves ou graves, em 25 civis e de terem torturado e espancado "numerosas pessoas".

Segundo a EHRC, os rebeldes da GLF e da OLA mataram no assalto sete civis que acusavam de terem disparado contra eles e seis civis morreram sem que se conheça os responsáveis pela sua morte.

Tanto os rebeldes como as forças de segurança pilharam e destruíram bens privados, lamenta a comissão.

Segundo o relatório, polícias e militares das forças regionais enterraram os corpos dos civis que mataram coletivamente, recusando entregar os cadáveres às famílias.

Interrogado pela EHRC, a direção regional da polícia federal respondeu ter descoberto que membros das forças atacaram civis após o fim do ataque e disse ter pedido que os responsáveis sejam levados à justiça.

A polícia regional de Gambella registou apenas cinco civis mortos pelos rebeldes, acrescentando ter sido informada de pilhagens, cujos autores disse desconhecer.

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