"No sequência da crise do 'subprime' de 2008 e 2009, que teve um efeito de contágio em todo o mundo, centenas de milhares de milhões de dólares foram rapidamente mobilizados para salvar os bancos europeus e norte-americanos (...) mas raramente somos capazes de inspirar os ricos a mostrarem o mesmo nível de compaixão e sabedoria para o pobre sul", disse José Ramos Horta, no discurso na Assembleia-Geral das Nações Unidas.
No discurso, Ramos Horta pediu "solidariedade e fraternidade" aos mais ricos da Ásia, de África e da América Latina, vincando que "há mais liquidez na Ásia do que na Europa e nos Estados Unidos juntos".
Lançando a ideia de uma "cimeira histórica do Sul", organizada pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, Ramos-Horta apontou que esse encontro deveria servir para a criação de um "compromisso sobre uma visão e um plano para livrar a Ásia, África e a América Latina da pobreza extrema, da má nutrição infantil, e dar água potável e saneamento a todas as comunidades pobres".
Durante a intervenção, o líder timorense apresentou o país como "um oásis de tranquilidade", em contraponto às catástrofes mundiais e elencou que "a criminalidade é muito baixa, o assalto armado é inexistente e não há crime organizado" no país, onde "a população católica e protestante convive em total harmonia com os irmãos muçulmanos".
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