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Lavrov recusa ideia de "agressão russa" e acusa Ucrânia de "impunidade"

Estas foram afirmações de Sergei Lavrov, durante o Conselho de Segurança extraordinário da ONU onde esteve pela primeira vez frente a frente com Antony Blinken.

Lavrov recusa ideia de "agressão russa" e acusa Ucrânia de "impunidade"
Notícias ao Minuto

17:45 - 22/09/22 por Beatriz Cavaca com Lusa

Mundo Ucrânia/Rússia

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, culpou esta quinta-feira o presidente ucraniano pelos referendos nas regiões separatistas, acusando a Ucrânia de ser um "Estado totalitário nazi".

"[Referendos são] resultado dos conselhos de Zelensky", que acusou de ser  intolerante com as minorias russas e tê-las aconselhado a deixar a Ucrânia.

Em declarações no Conselho de Segurança da ONU, o ministro russo acusou ainda a Ucrânia e os seus aliados de "impunidade" na região leste do Donbass, alegando que Kyiv estava a negar direitos básicos fundamentais à sua população de língua russa.

"As pessoas foram privadas das suas pensões de aposentação, subsídios, acesso à educação e direitos civis básicos", advogou Lavrov.

O responsável fez questão de iniciar o discurso referindo que está a existir uma tentativa de impor uma ideia de "agressão russa" e descreveu a Ucrânia como um regime "totalitário", chefiado por Volodymyr Zelensky.

Acrescentou de seguida que está "preocupado com o destino dos soldados russos feitos prisioneiros pela Ucrânia" e confessou que não confia "no trabalho do Tribunal Penal Internacional", que analisa entre outros temas os crimes cometidos na cidade ucraniana de Bucha.

O líder da diplomacia russa acusou ainda o ocidente de armar a Ucrânia com o único objetivo de enfraquecer a Rússia e assegurou que esta política faz com que os Estados Unidos e a Europa sejam "parte" deste conflito.

Além disso, o ministro russo acusou a Ucrânia de "táticas terroristas" como o uso de "escudos humanos" e alegou que o país se tornou num "estado completamente totalitário com conotações nazis em que as normas do direito humanitário internacional são espezinhadas".

Ao contrário dos seus homólogos internacionais presentes na reunião, Lavrov optou por sentar-se na mesa do Conselho de Segurança apenas no momento do seu discurso, tendo deixado a sala imediatamente depois.

Recorde-se que esta foi a primeira vez que o ministro dos Negócios Estrangeiros russo e o Secretário de estado dos Estados Unidos (EUA), Antony Blinken, estiveram sentados à mesma mesa desde o início da guerra na Ucrânia.

Sergey Lavrov entrou na reunião do Conselho de Segurança da ONU aproximadamente às 11h30 locais (16h30 em Lisboa) e sentou-se à mesa, quase uma hora e meia atrasado.

Quanto à posição dos EUA no que diz respeito ao anúncio do presidente russo, Blinken diz que "Putin escolheu esta semana acrescentar combustível ao fogo que ele iniciou, mostrando o seu total desprezo pela Carta da Nações Unidas, para a Assembleia Geral e para este Conselho". 

Afirmou ainda que a "Rússia quer manipular referendos" e sublinhou que os princípios da própria ordem internacional "estão a ser rasgados diante dos nossos olhos".

Lembrou também que "um homem escolheu esta guerra. E um homem pode acabar com ela. Porque se a Rússia parar de lutar, a guerra acaba. Se a Ucrânia parar de lutar, a Ucrânia acaba".

[Notícia atualizada às 18h41]

Leia Também: "Um homem escolheu esta guerra. E um homem pode acabar com ela"

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