O presidente da Duma (câmara baixa do parlamento russo), Vyacheslav Volodin, apelou, esta quinta-feira, aos deputados para participarem na guerra contra a Ucrânia, se “preencherem os requisitos da mobilização parcial”.
“Aqueles que preencherem os requisitos da mobilização parcial devem ajudar na sua participação na operação militar especial”, escreveu o político na plataforma Telegram. “Não há proteção para os deputados”, acrescentou.
Volodin procurou também responder “corretamente” às “questões que preocupam” os cidadãos russos, após o anúncio do presidente da Rússia, Vladimir Putin, e justificou a decisão com a necessidade de “aumentar o tamanho das Forças Armadas” para fazer frente às “formações nazi” e da aliança transatlântica NATO que “lutam contra os soldados e comandantes” russos.
O presidente da Duma afirmou que “a mobilização parcial afetará aqueles que serviram e que têm experiência militar”. No total, “300.000 militares de reserva serão convocados” e fica de fora “quem não serviu, quem não tem experiência militar, quem estuda em universidades, etc”.
“A segurança dos nossos cidadãos e a soberania do país serão asseguradas”, frisou.
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que cerca de 5.900 civis morreram e oito mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
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