Meteorologia

  • 28 ABRIL 2024
Tempo
15º
MIN 10º MÁX 17º

Candidato do Irmãos de Itália suspenso por elogiar Hitler no Facebook

Calogero Pisano descreveu Hitler como um "grande estadista", em 2014, e, em 2016, comparou a líder do partido Irmãos de Itália, Giorgia Meloni, a um "fascista moderno de há 70 anos".

Candidato do Irmãos de Itália suspenso por elogiar Hitler no Facebook

O partido italiano de extrema-direita Fratelli d’Italia (FdI, Irmãos de Itália), que lidera as sondagens referentes às eleições legislativas de Itália de domingo, suspendeu um dos seus candidatos, esta terça-feira, após terem sido encontrados elogios ao ditador nazi, Adolf Hitler, em publicações nas redes sociais. 

Segundo recorda a agência de notícias Reuters, as origens do partido remontam a um grupo neofascista criado após a Segunda Guerra Mundial. No entanto, a sua líder, Giorgia Meloni, apontada como a próxima primeira-ministra de Itália, tem procurado distanciar-se da ideia de “extrema-direita” e afirmado que o partido é “conservador”.

Na segunda-feira, o jornal La Repubblica publicou um comentário feito no Facebook em 2014 por Calogero Pisano, candidato do partido à Câmara dos Deputados, onde afirmava que Hitler era um “grande estadista”.

Já em 2016, quando se candidatou à presidência da ilha de Sicília, Pisano comparou a líder do seu partido - Giorgia Meloni - a um “fascista moderno de há 70 anos” [Hitler], acrescentando que o DFI “nunca escondeu os seus verdadeiros ideais”.

O caso suscitou revolta no país, com Ruth Dureghello, chefe da comunidade judaica em Roma, a afirmar, na rede social Twitter, que “a ideia de que aqueles que louvam Hitler podem sentar-se no próximo parlamento é inaceitável”.

Em comunicado, enviado à imprensa italiana, o partido anunciou que “Calogero Pisano foi suspenso, com efeitos imediatos, do Irmãos de Itália”. “Está dispensado de qualquer cargo partidário, a começar pelo de coordenador provincial de Agrigento e membro da direção nacional. A partir deste momento, Pisano não representa mais o FdI em todos os níveis e também está proibido de usar o seu símbolo”, lê-se na nota, citada pelo La Repubblica.

Também Pisano reagiu à polémica e afirmou que “há anos” escreveu “coisas que estavam profundamente erradas”. “Já tinha apagado a minha conta pessoal do Facebook porque tinha vergonha das coisas que tinha publicado por engano. Não sei como é que o La Repubblica as encontrou, mas sou o primeiro a condenar inequivocamente essas expressões. Peço desculpas a quem se sentiu ofendido por essas publicações que depois de muitos anos considero indignas”, declarou.

Itália vai a votos no próximo domingo, 25 de setembro, e segundo as mais recentes sondagens, Giorgia Meloni, do partido Fratelli d' Italia, em coligação com a Liga, pode conseguir uma vitória sem precedentes para a direita. 

Leia Também: Itália. Clima/energia abalam campanha focada em "ambiguidades" da direita

Recomendados para si

;
Campo obrigatório