O ministro da Economia e do Meio Ambiente alemão, Robert Habeck, considerou, esta quinta-feira, a possibilidade de a Ucrânia alcançar uma “vitória pela democracia”, comprometendo-se a fornecer mais armamento ao país.
“Podemos, agora, considerar que [a guerra] poderá terminar com uma vitória pela liberdade e Democracia”, apontou o responsável, após um encontro com a vice-primeira-ministra da Ucrânia, Yulia Svyrydenko.
Segundo Habeck, a Alemanha encontra-se ainda em discussões com a NATO quanto às armas que deverá enviar à Ucrânia, acrescentando que, "nesse processo, mais armas virão".
A agência Reuters adianta que os ministros discutiram, também, formas de obter apoio financeiro para a reconstrução da Ucrânia.
"É preciso muito dinheiro. Mais dinheiro do que só dinheiro público", indicou Habeck, complementando ser necessário a implementação de “um instrumento, um fundo, de uma forma que crie uma oportunidade forte e estável para as empresas investirem”, uma vez que a Ucrânia precisa de cerca de 350 mil milhões de dólares (cerca de 350 mil milhões de euros).
Recorde-se que, na terça-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, criticou a Alemanha por não ter enviado ao país invadido pela Rússia tanques Leopard e veículos de combate de infantaria Marder.
“Sinais dececionantes da Alemanha enquanto a Ucrânia precisa de Leopards e Marders neste momento - para libertar as pessoas e as salvar de um genocídio”, começou por afirmar o ministro numa publicação na rede social Twitter.
“Nem um único argumento racional sobre a razão pela qual estas armas não podem ser fornecidas, apenas receios e desculpas abstratas. Do que é que Berlim tem medo e Kyiv não?”, acrescentou.
Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já matou pelo menos 4.597 civis e deixou 5.711 feridos, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), que sublinha que os números reais poderão ser muito superiores.
A invasão russa da Ucrânia foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.
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