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Libéria. Presidente aceita demissão de funcionários acusados de corrupção

O Presidente da Libéria, George Weah, aceitou hoje a demissão de três altos funcionários acusados pela administração dos Estados Unidos da América (EUA) de alegada corrupção e desvio de fundos, anunciou o gabinete presidencial.

Libéria. Presidente aceita demissão de funcionários acusados de corrupção
Notícias ao Minuto

20:05 - 12/09/22 por Lusa

Mundo Libéria

Weah tinha decidido, em meados de agosto, suspender os três funcionários após a administração americana ter decidido sancioná-los por casos de corrupção relacionados com contratos multimilionários e o desvio de pelo menos 1,5 milhões de dólares (cerca de 1.480 mil euros) para uma conta privada.

Nathaniel McGill, ex-ministro dos Assuntos Presidenciais e chefe de gabinete do Presidente, Bill Twehway, chefe da Autoridade Portuária Nacional, e Sayma Syrenius Cephus, procuradora-geral, renunciaram todos, de acordo com dois comunicados de imprensa presidenciais.

O caso fez manchetes na Libéria durante semanas e o Presidente Weah foi criticado por líderes da oposição e grupos de direitos humanos por não os despedir.

McGill rejeitou algumas das acusações e descreveu as outras como "vagas", numa carta dirigida ao Presidente em meados de agosto. Cephus também tinha escrito ao chefe de Estado para negar tudo, mas todos se demitiram hoje oficialmente.

A corrupção é endémica na Libéria, classificada em 136.º lugar (entre 180) pela organização não-governamental Transparency International, no seu relatório de 2021.

Combater a corrupção como a luta contra a pobreza foi uma das principais promessas que ajudou a eleger a antiga estrela do futebol, em dezembro de 2017. No seu discurso inaugural, em janeiro de 2018, George Weah disse ter recebido "um mandato para pôr fim à corrupção no serviço público". "Prometo honrar esse mandato", afirmou na altura.

Os críticos do Presidente Weah acusam-no de não ter cumprido as suas promessas, que contrapõe com o fardo do legado que recebeu.

As acusações americanas e a demissão das três pessoas próximas de George Weah surgem um ano antes das eleições presidenciais, marcadas para 10 de outubro de 2023.

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