Patrões gravam vídeo de agressões a funcionários. Queimaram um deles

Aconteceu em Salvador da Bahia, no Brasil. Caso está agora a ser investigado pelas autoridades brasileiras.

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© Reprodução/ Twitter

Notícias ao Minuto
29/08/2022 18:14 ‧ 29/08/2022 por Notícias ao Minuto

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As autoridades brasileiras estão a investigar um caso de tortura física e psicológica a dois jovens trabalhadores, em Salvador, no estado brasileiro da Bahia.

De acordo com um vídeo divulgado nas redes sociais e publicado pelo g1, os jovens foram agredidos pelos ex-patrões - que a um queimaram as mãos e a outro bateram nas palmas das mãos.

O crime terá ocorrido a 19 de agosto, de acordo com a publicação brasileira, mas o caso só chegou às autoridades na passada sexta-feira, 26 de agosto. Em causa está um alegado roubo de 30 reais, cerca de seis euros, que os jovens negam.

"No momento em que estava me batendo, eles estavam gravando e dizendo para que eu confessasse. Eu falei: 'não vou confessar nada, porque eu não roubei nada", contou William de Jesus, que acusa os agressores de lhe queimarem as mãos, marcando o número 171, que corresponde ao crime de estelionato, que está relacionado com burlas.

Também o outro jovem, Marcos Eduardo, contou que o episódio foi traumatizante. "Não durmo direito, me assusto de madrugada porque ele me ameaçou de morte. Falou que, se não tivesse gostado [da tortura], era para dar queixa", contou a vítima às autoridades, que também já falaram com um dos agressores - aquele que filmou o vídeo está por identificar.

"Eu não preciso disso [roubar]. Eu tenho um filho, pago aluguel, trabalho. Acordava às 5h da manhã todos os dias, para trabalhar para ele. Saáa quase 20h da noite. Fechava a guia e ainda ficava. Se eu fosse roubar, eu não ia roubar só 30 reais", continuou Marcos Eduardo.

No vídeo, ouve-se um dos agressores a dizer: "Mais um ladrão aqui, mais um ladrão pessoal. Trabalhou para mim, a gente deu moral e confiança, e ele metendo a mão no dinheiro", enquanto agride o jovem de 21 anos com um pau.

A mãe de uma das vítimas, que trabalhava para um dos agressores, Alexandre Carvalho Santos, contou que este lhe ligou. "Quando eu cheguei, ele [filho] estava sentado. Ele [Alexandre] suspendeu a porta e começou a falar que ele [filho] tinha roubado, aí eu fiquei sem reação", explicou, citada pelo g1.

De acordo com as autoridades brasileiras, o agressor que já foi identificado admitiu que fez "justiça com as próprias mãos". "Disse que ficou bastante chateado pela subtração, segundo ele, de um valor de 30 reais. Só que a vítima alega que, enquanto estava fazendo a limpeza achou esse dinheiro, e que seria entregue a ele [Alexandre], mas ele não aceitou os argumentos dos funcionários. E então, de modo imprudente, acabou tentando fazer a lei com as próprias mãos", explicou o delegado William Achan.

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