Matheau Moore escondeu o rosto e chorou quando, após três horas de julgamento, conheceu o veredito num caso em que era acusado de ter matado a própria mulher. O juiz considerou que Matheau era inocente.
Emily Noble desapareceu no dia 24 de maio, de 2020, no dia em que celebrava o seu 52.º aniversário. O seu corpo foi encontrado cerca de quatro meses depois, já em estado avançado de decomposição, pendurado numa árvore.
Matheau foi considerado culpado pelo crime tendo as autoridades considerado que os ferimentos que a mulher tinha no pescoço tinham sido causados antes antes de ser enforcada. Alegavam que o homem a havia matado e tentado simular que esta se suicidara.
Contudo, um antropólogo forense, em defesa do homem, alegou que tais ferimentos seriam uma consequência do facto de os ossos do pescoço serem extremamente frágeis. Ademais, a mulher teria passado recentemente por vários momentos de luto que a deixaram fragilizada.
O filho de Emily, de 17 anos, bem como o seu ex-marido tinham morrido por suicídio. Mais recentemente, a mulher perdera a mãe num acidente de carro.
Contudo, os advogados de acusação alegavam que a mulher estava a fazer frente às adversidades: frequentava um psicólogo e estava prestes a regressar ao trabalho. Já o homem, desempregado, estaria a passar por uma fase depressiva.
Não havia, porém, provas de que Matheau alguma vez tivesse sujeitado a mulher a qualquer tipo de abusos anteriormente e considerou-se que todas as acusações estavam a ser feitas com base em pressupostos, sem quais evidencias. Três horas após o início do julgamento, esta sexta-feira, o homem foi considerado inocente.
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