Charles Michel pede resolução pacífica de disputas eleitorais no Quénia

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, felicitou hoje o presidente eleito do Quénia, William Ruto, e apelou a que qualquer disputa do resultado eleitoral, já contestado pelo segundo candidato mais votado, seja resolvido pelos mecanismos existentes.

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Lusa
16/08/2022 17:54 ‧ 16/08/2022 por Lusa

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Quénia

"Parabéns ao presidente eleito William Ruto do Quénia. O povo votou pacificamente e instamos a que qualquer possível contestação use os mecanismos existentes", escreveu Charles Michel na sua conta na rede social Twitter.

O dirigente europeu disse estar ansioso por continuar a "excelente cooperação" entre Bruxelas e Nairobi.

O vice-presidente do Quénia, William Ruto, foi declarado vencedor das presidenciais de 09 de agosto na segunda-feira, com 50,49% dos votos, contra 48,85 para o seu principal rival, Raila Odinga, uma diferença de 233 mil votos.

Minutos antes da publicação dos resultados, a vice-presidente da comissão eleitoral independente do Quénia (IEBC) anunciou que quatro dos sete membros daquele órgão rejeitavam os resultados.

"Pela natureza opaca do processo [...] não podemos assumir a responsabilidade pelos resultados que vão ser anunciados", disse a vice-presidente Juliana Cherera, ladeada por outros três comissários, pedindo "calma" aos quenianos.

Já hoje, Odinga qualificou como "uma farsa" o resultado do escrutínio e prometeu recorrer a "todas as opções legais" possíveis para contestá-lo.

"Vamos prosseguir todas as opções legais e constitucionais disponíveis. Faremos isso tendo em vista as muitas falhas nas eleições", disse Odinga no seu primeiro discurso após o anúncio dos resultados.

Líderes religiosos e políticos têm apelado à calma da população.

Embora o país seja considerado uma ilha de estabilidade numa região instável, os resultados de todas as presidenciais desde 2002 foram contestados, por vezes com violência.

Em 2007-2008, a contestação dos resultados por Raila Odinga levou a confrontos intercomunitários que fizeram mais de 1.100 mortos e centenas de milhares de deslocados, os piores confrontos pós-eleitorais desde a independência do Quénia em 1963.

Leia Também: Presidenciais no Quénia. Candidato derrotado promete contestar resultados

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