A Guarda Nacional tunisina disse em comunicado que evitou "cinco passagens marítimas e resgatou 80 pessoas", incluindo 35 migrantes de países da África subsariana, sendo os outros tunisinos.
Além disso, foram realizadas "operações preventivas" nas costas de Menzel Temime (norte), Mahdia e do arquipélago de Kerkennah (centro) e perto de Zarzis (sul) que levaram à detenção de 11 pessoas - cuja nacionalidade não foi revelada - que estavam a preparar uma partida, segundo a Guarda Nacional Republicana.
Durante estas operações, a Guarda Nacional diz ter apreendido "uma soma de dinheiro" sem especificar a quantidade, um barco de borracha e bombas de ar.
Na segunda-feira, as autoridades marítimas e militares anunciaram ter intercetado ou resgatado um total de 657 migrantes, incluindo uma família inteira de tunisinos, bem como 42 egípcios que tinham deixado a Líbia e escapado a um naufrágio, e travaram um total de 46 tentativas de emigração ilegal.
A Tunísia atravessa uma grave crise político-económica e tem agora quatro milhões de pobres. A Líbia está num caos desde 2011, com milícias a gerirem o tráfico de migrantes provenientes de países da África subsariana.
Na primavera e no verão, graças ao clima mais propicio, as tentativas de emigração ilegal da Tunísia e da Líbia para a Europa tendem a aumentar.
A Itália, cujas costas estão apenas a 200 km da costa da Tunísia, é um dos principais pontos de entrada para migrantes do norte de África.
De acordo com a agência europeia Frontex, a rota do Mediterrâneo Central foi utilizada por mais de 42.500 migrantes entre janeiro e julho, um aumento de 44% em relação aos primeiros sete meses de 2021.
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