"Uma unidade da força de segurança composta por militares, policias e [paramilitares das] Forças de Apoio Rápido (RSF) foi alvo de um ataque covarde de um grupo no centro de Darfur", referiu a polícia, sem identificar o grupo.
Este ataque "matou cinco pessoas, incluindo um oficial", segundo um comunicado, que não menciona quaisquer feridos ou possíveis vítimas entre os atacantes.
O Sudão, um dos países mais pobres do mundo onde paira atualmente o espetro da fome, continua afundado desde o golpe de Estado liderado em outubro pelo chefe do Exército, o general Abdel Fattah al-Burhane.
Devido ao vazio de segurança criado por este golpe, aumentaram os ataques de grupos armados e os conflitos entre tribos, também armadas, assim como o número de mortes, particularmente no Darfur, no oeste do Sudão.
Também esta sexta-feira, Cartum referiu que uma "emboscada por criminosos do Chade" causou a morte na quinta-feira a 18 civis no Darfur.
O número dois do poder militar, o líder dos paramilitares da FSR, Mohammed Hamdane Daglo, conhecido como "Hemedti", que partiu de Cartum para Darfur há vários dias, compareceu no funeral, segundo a agência oficial Suna.
O ataque ocorreu dois dias após a reunião anual entre os dois países, em Cartum, para avaliar o desempenho das forças conjuntas e um dia após a visita ao Chade do vice-presidente do mais alto órgão executivo do Sudão, o líder militar Mohamed Hamdan Dagalo, para discutir questões de segurança e a situação na fronteira.
Trata-se do segundo incidente grave em menos de 24 horas na conturbada região de Darfur, depois de cinco soldados e polícias sudaneses terem sido mortos numa emboscada por um grupo armado no centro de Darfur na noite de quinta-feira.
Em abril, mais de 200 pessoas morreram em Darfur em confrontos entre tribos árabes e a minoria Massalit na região de Krink.
Segundo a ONU, mais de 125.000 pessoas foram deslocadas durante os episódios de violência.
Um mês antes, os combates entre Fallata, uma minoria étnica africana, e a comunidade árabe Rizeigat, no sul do Darfur, causaram pelo menos 45 mortos.
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