A agência oficial libanesa ANI anunciou que o navio 'Laodicée' "deixou na quinta-feira o porto de Tripoli [a maior cidade do norte do país e a segunda maior do Líbano] às 8h da manhã [06h em Lisboa]" após uma decisão judicial.
A agência noticiosa precisou que a capitania do porto de Tripoli também autorizou o navio a deixar o porto "em conformidade com os princípios jurídicos libaneses".
O ministro dos Transportes libanês, Ali Hamié, declarou, esta quinta-feira de manhã, que o navio já se encontrava fora das águas territoriais libanesas.
A Ucrânia manifestou-se "desapontada" pela decisão das autoridades libanesas que, segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros, encoraja a Rússia a "prosseguir com total impunidade o roubo no sul da Ucrânia temporariamente ocupado".
A embaixada ucraniana no Líbano declarou que a carga de cereais foi efetuada numa zona ocupada pelas forças russas e disse ter apresentado às autoridades libanesas a prova de que a mercadoria foi roubada.
"Apelamos à parte libanesa a anular a sua decisão (...) e a tomar as medidas para impedir novas tentativas de utilizar o Líbano para expedir cereais ucranianos roubados", disse o ministério ucraniano em comunicado.
O procurador libanês ordenou no sábado a retenção do navio 'Laodicée' e pediu à polícia para investigar se os cereais a bordo do navio pertenciam a um comerciante sírio.
A Ucrânia, um dos maiores exportadores de cereais do mundo, retomou esta semana as exportações destes produtos, retidos devido à ofensiva russa no território ucraniano, na sequência de um acordo concluído em Istambul e supervisionado pela ONU.
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