As Forças Armadas de Burkina Faso indicaram que na segunda-feira realizaram "ações" nas cidades de Djamanga, Djabiga, Mandéni, Bounou, Obiagou e Pognoa-Sandoako contra "grupos terroristas responsáveis por numerosos abusos".
"Durante essas operações, que permitiram neutralizar várias dezenas de terroristas, os bombardeamentos, infelizmente, causaram vítimas colaterais entre a população civil", destacaram em comunicado.
Assim, "os civis que se encontravam nas imediações de uma base terrorista, no eixo entre Kompienga e Pognoa, foram mortalmente atingidos pelos projéteis", refere a mesma nota, antes de acrescentar que "foi imediatamente aberta uma investigação para apurar responsabilidades".
"O chefe do Estado-Maior do Exército apresenta as suas sinceras condolências às famílias e entes queridos das vítimas e afirma o empenho das Forças Armadas em colaborar plenamente com os serviços competentes e as populações para o esclarecimento deste lamentável incidente", adianta.
O Burkina Faso, liderado por uma junta militar desde o golpe de Estado de janeiro, tem vindo a registar um aumento significativo da insegurança desde 2015, que teve como consequência o crescimento do número de deslocados internos e refugiados para outros países da região.
Os ataques, tanto da afiliada da Al-Qaida na região bem como do grupo extremista Estado Islâmico, também contribuíram para aumentar a violência entre comunidades e fizeram crescer os grupos de autodefesa, aos quais o Governo do país acrescentou "voluntários", para ajudar na luta contra o terrorismo.
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