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Oficial: Avião de Nancy Pelosi aterra em Taiwan em clima de tensão

A China reivindica como seu o território e tem ameaçado uma invasão para tomar a ilha.

Oficial: Avião de Nancy Pelosi aterra em Taiwan em clima de tensão
Notícias ao Minuto

15:48 - 02/08/22 por Notícias ao Minuto e com Lusa

Mundo Taiwan

O avião da 'speaker' da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, aterrou esta terça-feira em Taiwan, no meio de um clima de tensão elevado pelas ameaças do governo chinês.

As imagens televisivas mostraram a líder do Congresso a sair da aeronave, depois de, durante horas, ter sido incerto se Pelosi seguiria para o país.

Nancy Pelosi foi acolhida por uma delegação de Taiwan à saída do avião, por volta das 22h50 (hora local).

A visita da líder democrata tem sido rodeada de polémica, devido à tensão diplomática entre os Estados Unidos e a China. Antes da aterragem, surgiram vários relatos sobre movimentações militares chinesas em torno do estreito de Taiwan, e o governo chinês ameaçou mesmo o homólogo norte-americano, considerando que a viagem é um ataque à soberania chinesa.

O voo de Nancy Pelosi fez um grande desvio para evitar o Mar da China, partindo de Kuala Lumpur, na Malásia, e sobrevoando as Filipinas, evitando assim qualquer interação com as forças chinesas numa área fortemente militarizada.

Enquanto Pelosi aterrou, vários caças da força aérea chinesa atravessaram o estreito de Taiwan, anunciou a televisão estatal chinesa, e foram escutadas sirenes de segurança na região de Fujian (a mais próxima do território independente, do lado da China continental).

Pelosi diz-se "solidária" com Taiwan, minutos após aterrar

O governo chinês já reagiu à chegada da 'speaker' da Câmara dos Representantes, afirmando num comunicado, citado pela televisão estatal CGTN, que a visita é "mina gravemente a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan, e envia sinais errados às forças separatistas pela 'independência de Taiwan'".

"A China opõe-se firmemente e condena veementemente isto, e protestou junto dos Estados Unidos", vincou o ministério dos Negócios Estrangeiros de Pequim, reiterando que a viagem "é uma séria violação do Princípio de Uma China".

Por outro lado, Nancy Pelosi garantiu que os EUA apoiam o povo de Taiwan, e salientou que "a solidariedade norte-americana para com os 23 milhões de habitantes de Taiwan é mais importante do que nunca, numa altura em que o mundo enfrenta uma escolha entre autocracia e democracia".

A imprensa norte-americana avançou, na semana passada, a possibilidade de a viagem à Ásia de Pelosi passar por Taiwan, sendo que tanto representantes militares como civis chineses têm alertado para as possíveis consequências da visita da responsável norte-americana.

Um vídeo transmitido hoje nas redes sociais mostra imagens alegadamente gravadas nas praias de Pingtan, perto de Xiamen, com veículos militares a desfilar perante o olhar atónito dos banhistas.

Nancy Pelosi está na Ásia em visita oficial e, até agora, anunciou que a visita passará por países como Singapura, Malásia - de onde partiu hoje -, Indonésia, Coreia do Sul e Japão, sem nunca referir Taiwan.

A China reivindica soberania sobre a ilha e considera Taiwan uma província rebelde desde que os nacionalistas do Kuomintang se retiraram para lá, em 1949, depois de perder a guerra civil contra os comunistas.

Taiwan, com quem o país norte-americano não mantém relações oficiais, é uma das principais fontes de conflito entre a China e os EUA, principalmente porque Washington é o principal fornecedor de armas de Taiwan e seria o seu maior aliado militar em caso de conflito com o gigante asiático.

[Notícia atualizada às 16h47]

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