O Presidente dos Estados Unidos é esperado hoje em Israel, naquela que é a sua primeira viagem ao Médio Oriente, onde visitará também à Arábia Saudita.
"Se as visitas de autoridades norte-americanas aos países da região visam fortalecer a posição do regime sionista (Israel) e normalizar as suas relações com certos Estados, esses esforços não trarão segurança" a Israel, declarou Raisi, segundo um comunicado da Presidência iraniana.
Os Estados Unidos sugeriram recentemente que outros países árabes poderiam normalizar as suas relações com Israel, depois de os Emirados Árabes Unidos, o Bahrein e Marrocos terem retomado os laços diplomáticos com os israelitas nos últimos anos.
Entre estes possíveis países está nomeadamente a Arábia Saudita, que partilha com Israel uma profunda desconfiança em relação ao Irão.
As reuniões de Biden em Israel vão concentrar-se "principalmente" no Irão, de acordo com o primeiro-ministro israelita, Yair Lapid.
Israel está a tentar impedir que as potências ocidentais, incluindo os Estados Unidos, recuperem o acordo internacional de 2015 que rege o programa nuclear iraniano. A Administração do Presidente norte-americano Donald Trump retirou-se deste pacto em 2018 e aplicou novamente sanções ao Irão.
Considerado por especialistas como a única potência nuclear do Médio Oriente, o Estado hebreu vê como uma ameaça à sua segurança o programa nuclear do Irão, que nega qualquer pretensão de criar armas atómicas.
Raisi disse estar acompanhando de perto "todos os desenvolvimentos" na região.
"Nós repetimos àqueles que transmitiram mensagens dos Estados Unidos que, ao menor gesto contra a integridade territorial do Irão, responderíamos de forma decisiva", alertou.
Na semana passada, o Irão denunciou o plano dos Estados Unidos de fortalecer a cooperação entre os seus aliados do Médio Oriente no campo da defesa aérea como uma "provocação".
É uma "proposta provocadora (...) e uma ameaça à segurança nacional e regional", disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Nasser Kanani.
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