Autoridades de Sloviansk pedem aos civis para abandonarem a cidade
As autoridades ucranianas de Sloviansk apelaram aos civis para abandonarem rapidamente esta cidade do leste da Ucrânia, onde as forças russas mataram hoje duas pessoas na sua ofensiva para a conquista do Donbass.
© Getty Images
Mundo Guerra na Ucrânia
O governador da região de Donetsk, a que pertence Sloviansk, Pavlo Kyrylenko, disse no serviço de mensagens Telegram que também sete pessoas ficaram feridas no ataque russo, que teve como alvo o mercado central da cidade.
"Mais uma vez, os russos estão a visar intencionalmente os locais onde os civis se reúnem. Isto é terrorismo puro e simples", disse Kyrylenko, citado pela agência noticiosa francesa AFP.
"É importante retirar o maior número de pessoas possível", pediu o presidente da câmara de Sloviansk, Vadim Liakh, segundo a agência noticiosa norte-americana AP.
Após a queda de Lysychansk no domingo, as forças russas avançaram para oeste e dirigiam-se para esta cidade de cerca de 100.000 habitantes antes da guerra, noticiou a AFP.
A cidade de Kramatorsk, o centro administrativo regional ainda sob controlo ucraniano, também está no caminho da ofensiva russa para assumir o controlo do Donbass.
As duas cidades situam-se na região de Donetsk, que integra o Donbass tal como Lugansk.
A Rússia anunciou que as suas forças assumiram o controlo de Lugansk com a conquista das cidades de Severodonetsk e Lysychansk.
Ao celebrar a vitória em Lugansk, o Presidente russo, Vladimir Putin, ordenou ao seu ministro da Defesa, Serguei Shoigu, que as forças armadas prosseguissem com a ofensiva em Donetsk.
Em 2014, forças pró-russas com apoio de Moscovo iniciaram uma guerra separatista em Donetsk e Lugansk, cuja declaração unilateral de independência foi reconhecida por Putin dias antes da invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro.
Putin disse, na altura, que estava a responder a um pedido de ajuda das autoridades das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk.
A guerra a Ucrânia, que entrou hoje no 132.º dia, provocou um número por determinar de baixas civis e militares.
As Nações Unidas confirmaram a morte de mais de 4.800 civis até à meia-noite de domingo, mas continuam a alertar que os números reais "são consideravelmente mais elevados".
"A receção de informação de alguns locais onde têm ocorrido hostilidades intensas tem sido adiada e muitos relatórios ainda estão pendentes de corroboração", justificou a ONU.
As informações dadas pelos dois lados sobre os combates não podem ser confirmadas de imediato por fontes independentes.
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