Generais espanhóis alertam que ameaça nuclear russa é real

Generais pedem para diminuir a tensão no conflito na Ucrânia e defendem que a Rússia estará a preparar uma "almofada legal" para agir com "estratégia nuclear".

Vladimir Putin

© Sputnik/Andrei Gorshkov/Kremlin via REUTERS

Notícias ao Minuto
04/07/2022 23:24 ‧ 04/07/2022 por Notícias ao Minuto

Mundo

Guerra na Ucrânia

Cinco peritos militares espanhóis alertaram num seminário organizado por infodron.es e UNVEX para a "ameaça nuclear real" à qual a Rússia poderá recorrer por estar cada vez mais distante de conseguir atingir os seus objetivos. 

De acordo com o jornal La Razón, que cita estes cinco generais - o chefe do Comando de Combate Aéreo, tenente-general Francisco González-Espresati Amian, o assessor de Defesa da Inetum Espanha, Tenente General Juan Montenegro Álvarez de Tejera, o Tenente General Francisco Gan Pampols, o tenente-general Rubén García Servet e o general Alberto Corres - a ameaça nuclear é totalmente real. 

A mesma fonte indica que a Rússia estará mesmo a preparar uma almofada legal para usar esta "estratégia nuclear".

“Eles estão a russificar as áreas adquiridas, estão a preparar um pedido de adesão por meio de referendos e, se isso for alcançado e sua entrada na Federação Russa for considerada, um ataque a qualquer um desses territórios seria considerado uma questão de sobrevivência vital, que, segundo a doutrina russa, permitiria o uso de armas nucleares”, afirmou o Tenente General Francisco Gan Pampols.

Na origem desta opção cada vez mais viável para os russos está o facto de os objetivos na Ucrânia não estarem a ser cumpridos e, além disso, a Cimeira da NATO que colocou Moscovo como a principal ameaça para a Europa. 

Por estes motivos, os generais defendem que se deve diminuir a tensão no conflito na Ucrânia e tentar encontrar um caminho para a paz. "Há um perigo latente de escalada nuclear", alerta o tenente-general Rubén García Servet indicando que se deve "trabalhar primeiro para tentar um acordo que seja o mais protetor possível da integridade territorial ucraniana".

Gan Pampols indicou que “este é o melhor momento para encontrar uma solução em que um perde o mínimo possível e o outro ganha uma história”.

Recorde-se que a Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro e a ofensiva militar já matou mais de quatro mil civis, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU). No entanto, a organização alerta que o número real de vítimas poderá ser muito superior, dadas as dificuldades em contabilizar baixas civis em territórios controlados ou sitiados pelos russos.

Leia Também: Rússia vai passar a focar investida na região de Donetsk, diz governador

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