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Execuções no Irão duplicam nos primeiros seis meses do ano

O responsável por uma organização de direitos humanos explica que os enforcamentos têm servido para "espalhar o medo" e acabar com os protestos anti-regime.

Execuções no Irão duplicam nos primeiros seis meses do ano
Notícias ao Minuto

18:12 - 01/07/22 por Notícias ao Minuto

Mundo Irão

As execução no Irão duplicaram nos primeiros seis meses de 2022 em comparação com o período homólogo de 2021, de acordo com os dados da organização não governamental Direitos Humanos do Irão (Iran Human Rights, IHR na sigla em inglês).

Segundo os dados da organização, com sede na Noruega, de 1 de janeiro a 30 de junho foram enforcadas, pelo menos 251 pessoas - mais 134 do que nos primeiros seis meses de 2021, quando foram registados 117 enforcamentos.

À agência France Press, os responsáveis da IHR defendem ainda que estas mortes têm vindo a aumentar por forma a provocar o medo numa altura de protestos. Um dos motivos pelos quais o Irão tem sido palco de manifestações está relacionado com a economia do país, nomeadamente, com o aumento de bens essenciais, como o pão.

"Não há dúvida de que o objetivo principal destas execução é espalhar o medo e, consequentemente, diminuir o número de protestos anti-regime", defendeu o fundador da organização, Mahmood Amiry-Moghaddam, à agência France Press.

O responsável defendeu ainda que apenas "reações internacionais fortes" e "campanhas nacionais contra as execução" podem ser a solução para este aumento de mortes. Amiry-Moghaddam notou ainda que 137 das 251 execução aconteceram desde 7 de maio, quando a onda de manifestações começou no país.

Já o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) se tinha, o mês passado,  referido a estas execuções, demonstrando as suas preocupações.

"A pena de morte continua a ser impostas em casos que não vão ao encontro dos 'crimes mais sérios'", explicou um responsável da ONU, após a apresentação de um relatório, em junho.

Por sua vez, no relatório sobre a pena de morte elaborada pela Amnistia Internacional, os responsáveis indicaram que esta sentença tinha aumentado em 28% no ano passado, a mais alta subida desde 2017.

Nesse ano as sentenças de morte por questões relacionadas com as drogas desceu devido a uma alteração na lei iraniana.

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