"Desacatos". Opositor russo Ilya Yashin condenado a 15 dias de prisão
Ilya Yashin é um deputado do distrito de Krasnoselsky e tem-se mostrado contra a invasão russa da Ucrânia. Foi detido, na segunda-feira, quando passeava com uma amiga.
© Hannah Wagner/picture alliance via Getty Images
Mundo Rússia
O político russo Ilya Yashin, membro da oposição do Kremlin, foi condenado, esta terça-feira, por um tribunal russo a 15 dias de prisão, avança a agência de notícias AFP. Em causa estão "desacatos" contra um agente da autoridade.
O opositor russo foi detido em Moscovo, na segunda-feira, segundo denunciou um advogado e uma jornalista russa nas redes sociais.
Irina Babloyan, jornalista da extinta rádio Echo of Moscow, revelou que o opositor foi detido sem motivo aparente enquanto caminhavam juntos. “Estava a caminhar com o meu amigo, Ilya Yashin, no parque, em Khamovniki. A polícia chegou e levou-o numa direção desconhecida”, afirmou.
Mais tarde, a jornalista atualizou a publicação dizendo que foi até ao departamento da polícia de Luzhniki, em Moscovo, questionar o paradeiro do político. A resposta foi apenas “ele está bem”.
Breaking news from Moscow: ️️️
— Michael Elgort 🇺🇦️ (@just_whatever) June 27, 2022
One of the few Russian opposition leaders who were still not arrested and who openly opposed the war - @IlyaYashin - was detained minutes ago by police
Information comes from the journalist Irina @Babloyan pic.twitter.com/pRnc8qbcX5
Já o advogado Vadim Prokhorov, que tem representado figuras da oposição russa, afirmou que Yashin foi detido por alegada desobediência a um agente da autoridade.
Os atos de desacato contra agentes da polícia são puníveis na Rússia com multas e 15 dias de prisão e o político já tinha sido multado três vezes por "desprestigiar" as Forças Armadas da Rússia, segundo a acusação.
Ilya Yashin é um deputado do distrito de Krasnoselsky, em Moscovo, e tem-se manifestado contra a invasão russa da Ucrânia. “Vou ficar na Rússia. Já disse antes e continuo a repetir: os russos e os ucranianos não devem matar-se uns aos outros. Se estou destinado a acabar na prisão por discursos anti-guerra, aceitá-lo-ei com dignidade”, escreveu na rede social Twitter a 7 de março, apenas duas semanas após o início da “operação militar especial” do presidente russo, Vladimir Putin.
Assinala-se, esta terça-feira, o 125.º dia da guerra na Ucrânia, que já provocou, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a morte a 4.662 civis e deixou 5.803 feridos.
[Notícia atualizada às 12h34]
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