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Secretário-geral da NATO defende entrega de "mais armas pesadas" a Kyiv

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, defendeu hoje que Kyiv necessita de "mais armas pesadas" para combater o avanço das forças russas na região do Donbass, no leste da Ucrânia.

Secretário-geral da NATO defende entrega de "mais armas pesadas" a Kyiv
Notícias ao Minuto

22:14 - 14/06/22 por Lusa

Mundo NATO

"Sim, a Ucrânia deveria ter mais armas pesadas", realçou Stoltenberg durante uma conferência de imprensa em Haia, após uma reunião com líderes de sete países europeus que são membros da Aliança Atlântica, incluindo o primeiro-ministro português, António Costa.

O líder da NATO explicou que, apesar dos aliados e parceiros da NATO terem "intensificado" e "estarem a fornecer armas pesadas há muito tempo", Kiev é "completamente dependente" destas entregas para lidar com a "agressão brutal da Rússia".

As forças russas concentraram nas últimas semanas a ofensiva no Donbass, região que segundo as autoridades ucranianas os russos controlam praticamente na totalidade, e o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, tem apelado aos países ocidentais para que enviem mais equipamento militar para travar o avanço de Moscovo.

Já hoje, Zelensky referiu que é "crucial" a defesa do Donbass, considerando que o resultado dos combates naquela região dará uma indicação para o resto do conflito.

O encontro entre os líderes europeus membros da NATO decorreu antes da cimeira agendada para 29 e 30 de junho em Madrid, decisiva para definir o futuro da organização nos próximos anos.

Stoltenberg realçou que a Aliança Atlântica reforçou as suas defesas desde o início da invasão russa da Ucrânia, reforçando a "capacidade de proteger e defender cada centímetro do território aliado da NATO".

Em Madrid, a organização dará "os próximos passos" e definira "um grande reforço" da sua postura, acrescentou.

"Esta noite discutimos a necessidade de uma presença avançada mais robusta e pronta para o combate, prontidão ainda maior e mais equipamentos e abastecimentos preposicionados", adiantou ainda.

Na reunião informal na residência oficial do primeiro-ministro holandês Mark Rutte em Haia, co-organizada pela sua homóloga dinamarquesa, Mette Frederiksen, o secretário-geral da NATO vincou o "forte apoio" à adesão sueca e finlandesa, uma "decisão histórica" que fortalece a Aliança no seu conjunto.

Stoltenberg disse ainda que a aliança deve levar a sério as preocupações levantadas pelo presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, que vetou a adesão de Suécia e Finlândia até que eles mudem suas políticas de apoio a militantes curdos considerados por Ancara como terroristas.

"Não há outro aliado da NATO que tenha sofrido mais ataques terroristas do que a Turquia", disse Stoltenberg após a reunião em que participaram também o presidente da Roménia e os primeiros-ministros da Bélgica, Polónia, Portugal e Letónia.

O encontro seguiu-se a uma reunião, na sexta-feira, em Bucareste, entre nove membros da Aliança Atlântica, onde alguns líderes pediram à NATO para intensificar a proteção, face à previsão de uma guerra prolongada entre a Rússia e a Ucrânia.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou já a fuga de mais de 15 milhões de pessoas de suas casas -- mais de oito milhões de deslocados internos e mais de 7,5 milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Também segundo as Nações Unidas, cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.

A ONU confirmou que 4.432 civis morreram e 5.499 ficaram feridos na guerra, que hoje entrou no seu 111.º dia, sublinhando que os números reais poderão ser muito superiores e só serão conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.

[Notícia atualizada às 22h54]

Leia Também: Finlândia alerta para risco de processo de adesão à NATO ficar paralisado

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