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Protestos contra violência armada nos EUA em centenas de cidades

Sobreviventes de ataques com armas de fogo e estudantes norte-americanos protestarão no sábado contra a violência armada, em centenas de cidades, com o controlo de armas de fogo na ordem do dia após o massacre de Uvalde.

Protestos contra violência armada nos EUA em centenas de cidades
Notícias ao Minuto

09:44 - 10/06/22 por Lusa

Mundo Estados Unidos

Organizados pelo grupo 'March for Our Lives' ['Marcha pelas nossas vidas'], os protestos deste sábado estão marcados em mais de 300 cidades do país, numa altura em que a legislação sobre armas de fogo ganha novo impulso nos Estados Unidos (EUA).

Um dos principais pontos das manifestações será a capital norte-americana, Washington, com intervenções de sobreviventes da violência armada, líderes e professores do 'March for Our Lives', grupo liderado por jovens e fundado após os tiroteios nas escolas de Parkland e que mobilizou manifestantes contra a violência armada em todo o mundo em 2018.

A mobilização em Washington deverá começar pelas 12:00 (hora local, 17:00 em Lisboa).

"Após inúmeros tiroteios em massa e casos de violência armada nas nossas comunidades, é hora de voltar às ruas e marchar pelas nossas vidas (...). Apareça e demonstre às nossas autoridades eleitas que exigimos e merecemos uma nação livre de violência armada", acrescenta o 'March for Our Lives' no anúncio do protesto.

Já em Nova Iorque, estão agendados pontos de protestos em várias localizações, sendo uma das principais Cadman Park Plaza, em Brooklyn.

O fundador do 'March for Our Lives', David Hogg, também ele um sobrevivente de um massacre numa escola norte-americana, está a pedir aos cidadãos de fora dos EUA que protestem também contra a violência armada, junto das embaixadas dos EUA em todo o mundo.

O debate sobre a posse de armas voltou a estar na ordem do dia nos Estados Unidos depois do massacre no dia 24 de maio numa escola de Uvalde, no estado do Texas, em que um jovem de 18 anos matou 19 crianças e dois professores com armas de fogo.

A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou um projeto-lei de controlo de armas na quarta-feira, em resposta aos recentes tiroteios em Buffalo e Uvalde, que aumenta a idade mínima para comprar uma espingarda semiautomática.

A proposta dos democratas dificilmente será aprovada no Senado, onde os republicanos preferem melhorar os programas de saúde mental, reforçar a segurança das escolas e a verificação de antecedentes.

A tomada de posição surge depois de uma comissão da Câmara dos Representantes ter ouvido depoimentos de vítimas de tiroteios recentes e familiares, incluindo uma menina de 11 anos -- Miah Cerrillo -- que se cobriu com o sangue de um colega morto para evitar ser baleada na escola primária de Uvalde.

O ciclo aparentemente interminável de tiroteios em massa nos Estados Unidos raramente fez com que o Congresso agisse, mas o ataque que provocou a morte de 19 crianças e duas professoras em Uvalde reacendeu os esforços de uma forma que fez os congressistas de ambos os partidos discutirem sobre como resolver a situação.

"É revoltante, é revoltante que os nossos filhos sejam forçados a viver com esse medo constante", disse a presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi.

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