Justiça angolana "andou atrás dos ladrões de galinhas" durante anos

O Presidente angolano, João Lourenço, afirmou hoje que o poder político não condiciona a liberdade de atuação dos tribunais em Angola, que deixaram de estar "amordaçados" e perseguir apenas "ladrões de galinhas".

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Lusa
09/06/2022 12:33 ‧ 09/06/2022 por Lusa

Mundo

João Lourenço

 

João Lourenço, que deu hoje uma entrevista coletiva a 12 órgãos de comunicação social angolanos, disse que não pretende desistir da luta contra a corrupção e que há ainda "muita coisa para recuperar".

Afirmou que existe hoje um quadro "completamente diferente" da justiça que durante muitos anos "andou atrás apenas dos ladroes de galinhas", o que mudou de um dia para o outro, desde que foi eleito em 2017.

"Se formos analisar sobretudo os casos que passaram pelo Tribunal Supremo, é uma nova realidade que antes era impensável. Era impensável que determinadas figuras se pudessem sentar na barra dos tribunais", sublinhou.

Para o Presidente da Republica, "isso só demonstra que os tribunais têm muito mais independência e liberdade de ação, senão continuariam amordaçados pelo poder político que diria 'não mexe aqui, não mexe ali' ou 'não mexe neste ou naquele'".

"O poder político não está a agir assim, a nossa justiça tem toda a liberdade de atuar", sublinhou, apontando o caso Lussati, que envolveu figuras ligadas à sua Casa Militar, como exemplificativo da não interferência.

"No caso do saque que envolveu figuras da própria Casa Militar, nunca ninguém pensou que o poder político deixasse que a justiça avançasse com esse caso e esse caso não está esquecido, não está congelado, vai vir a público muito em breve e depois, seja o que Deus quiser", disse o chefe do executivo angolano, garantindo a intenção firme de combater a corrupção, sem interessar quem sejam os visados.

"A justiça não está a ser seletiva está a bater à porta daqueles em relação aos quais têm a presunção de que há crime até prova em contrário", reforçou.

 

RCR // VM

Lusa/Fim

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