Bolsonaro volta a defender o povo armado contra alegada ameaça comunista

O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, reiterou hoje a sua defesa do uso de armas, afirmando que pessoas armadas poderão defender a pátria daqueles que alegadamente querem impor uma mudança de regime e promover o comunismo.

Bolsonaro lança novo ataque a juiz do Supremo Tribunal Federal

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Lusa
31/05/2022 16:57 ‧ 31/05/2022 por Lusa

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Bolsonaro, numa mensagem relativa às eleições presidenciais, que serão disputadas em outubro, quando tentará renovar o seu mandato, aludiu assim abertamente, embora sem o identificar, ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato de centro-esquerda que até agora lidera todas as sondagens de intenção de voto.

O líder brasileiro também insistiu na sua desconfiança em relação às urnas eletrónicas, que são utilizadas no Brasil desde 1996 e sobre as quais afirma, sem qualquer prova, que incentivam fraudes, apesar de nunca ter sido denunciada qualquer irregularidade após a adoção deste tipo de votação no país.

"Sou um Presidente que, quando jovem, jurou dar a vida pelo país e faremos mais do que isso pela nossa liberdade", disse Bolsonaro, ao reafirmar que quer "eleições limpas, democráticas e auditáveis".

Durante a inauguração de um complexo desportivo na cidade de Jataí, no interior do estado de Goiás, o chefe de Estado brasileiro disse que "há gente que quer poder", mas garantiu que o Brasil tem um povo livre que fará tudo para continuar assim, "apesar das tentativas de alguns de querer mudar o regime".

Bolsonaro insistiu nas suas políticas para facilitar a compra de armas por civis, promovidas no âmbito de uma suposta autodefesa contra o crime, mas também pode ser uma alternativa para outro objetivo.

"Algo importante para as pessoas que querem viver em paz: um povo armado nunca será escravizado", disse o Presidente brasileiro, elevando o tom, para acrescentar que "a arma de fogo nas mãos de bons cidadãos, mais do que defender suas famílias, passa também a defender a pátria".

Também em franca alusão a Lula da Silva, líder progressista que governou o Brasil entre 2003 e 2010, Bolsonaro voltou a frisar que o seu Governo "é radicalmente contra o aborto, contra a ideologia de género, contra o comunismo" e "teme a Deus acima de tudo".

As constantes referências de Bolsonaro às armas nas mãos de civis e as suas críticas ao sistema eleitoral têm motivado receios de que, em caso de vitória de Lula da Silva, ele não admita a derrota e incentive os seus apoiantes a resistirem violentamente.

Esses temores já foram expressos pelas autoridades do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e por muitos aliados de Lula da Silva, que segundo um levantamento divulgado na semana passada pelo Instituto Datafolha tem uma intenção de voto de 48%, contra os 27% que Bolsonaro obteria.

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