Navios voltam a entrar no porto de Mariupol, reporta a TASS

Lyudmyla Denisova, provedora dos direitos humanos da Ucrânia, alega que a carga que está no navio se trata de material que foi roubado pelos militares russos.

Porto de Mariupol

© Reuters

Ema Gil Pires
28/05/2022 11:48 ‧ 28/05/2022 por Ema Gil Pires

Mundo

Guerra na Ucrânia

A agência noticiosa russa TASS está a noticiar que um navio foi visto a dar entrada no porto da cidade ucraniana de Mariupol, algo que já não acontecia desde que as tropas do Kremlin conquistaram a cidade localizada no sul do país.

Um porta-voz do porto de Mariupol terá dito à TASS que o navio carregava 2.700 toneladas de metal, devendo viajar, na segunda-feira, para a cidade russa de Rostov-on-Don.

Lyudmyla Denisova, provedora dos direitos humanos da Ucrânia, alega que a carga se trata de material que foi roubado pelos militares russos. "Após o roubo de cereais ucranianos, os ocupantes recorreram à exportação de produtos metálicos de Mariupol", escreveu, na rede social Telegram.

"A pilhagem nos territórios ucranianos temporariamente ocupados [pela Rússia] continua", explicou ainda Denisova.

Na sexta-feira, a maior fabricante de aço da Ucrânia, a Metinvest, disse estar preocupada com a possibilidade da Rússia poder utilizar vários navios que se encontram encalhados em Mariupol para "roubar e contrabandear produtos metalúrgicos" pertencentes ao grupo.

Perguntado, este sábado, se o metal prestes a zarpar pertencia à Metinvest, um porta-voz da empresa esclareceu que a metalúrgica tinha já ontem dito que o seu "metal está no porto de Mariupol", noticia a Sky News.

A Rússia reclamou o controlo total da cidade portuária de Mariupol na semana passada, depois da rendição de mais de 2.400 combatentes ucranianos que se encontravam na siderúrgica Azovstal. Na quinta-feira, o porto tinha sido desminado e estava novamente aberto para a transação de navios comerciais.

Ao 94.º dia de combates, a guerra segue sem um balanço de vítimas, que diversas fontes admitem ser elevado. A Organização das Nações Unidas (ONU) confirmou, na sexta-feira, a morte de mais de 4.000 civis, embora alerte que o número real deverá ser consideravelmente superior.

Leia Também: AO MINUTO: Moscovo domina Lyman; Acordo com Rússia "não vale um tostão"

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