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EUA pedem libertação de todos os funcionários da embaixada iemenita

Os Estados Unidos pediram hoje aos rebeldes Huthis a libertação de todos os funcionários e ex-funcionários da sua embaixada na capital iemenita, controlada pelos insurgentes desde 2014, após a morte de um destes durante a detenção.

EUA pedem libertação de todos os funcionários da embaixada iemenita
Notícias ao Minuto

21:52 - 26/05/22 por Lusa

Mundo Huthis

"Pedimos aos Huthis que parem com esta injustiça e libertem todos os atuais e antigos empregados da embaixada dos EUA imediatamente", referiu a delegação diplomática norte-americana numa mensagem de condolências pelo falecimento de um dos seus trabalhadores detido.

A missão diplomática norte-americana em Sanaa suspendeu as operações em 2015, meses depois da cidade ter sido tomada pelos rebeldes, juntamente com outras áreas no norte e oeste do país.

Em novembro, os Huthis invadiram o complexo da embaixada, confiscando equipamentos de comunicação e detendo dezenas de funcionários iemenitas, que guardavam as instalações.

Alguns foram libertados posteriormente, mas vários continuam detidos e outros funcionários e ex-funcionários juntaram-se a estes.

Não há informações precisas sobre quantos ainda estão detidos e as suas identidades.

Mas, esta quarta-feira, o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Ned Price, confirmou perante os 'media' que um destes tinha morrido.

Price adiantou que este funcionário, que não foi identificado, "morreu durante a detenção pelos Huthis, sem contacto com a sua família nos últimos seis meses de sua vida".

O porta-voz do Departamento de Estado acrescentou que "vários ex-funcionários locais, indivíduos que trabalharam anteriormente com e para a embaixada em Sana" foram detidos.

O governo norte-americano está a fazer "esforços diplomáticos para garantir a sua libertação", assegurou Ned Price.

Os Huthis, apoiados pelo Irão, assumiram o controlo de Sana e grandes áreas do território, desencadeando uma intervenção militar internacional sob o comando da Arábia Saudita em 2015, em apoio ao Governo local.

Os Estados Unidos apoiam a coligação militar de países da área liderada pela Arábia Saudita, no entanto, no início do ano passado, quando chegou ao poder, a administração de Joe Biden anunciou que deixava de apoiar as ações ofensivas desta aliança.

A guerra já provocou a morte de centenas de milhares de pessoas e mergulhou o país, o mais pobre da Península Arábica, numa das piores crises humanitárias do mundo, segundo a ONU.

Em 02 de abril as partes em conflito acordaram uma trégua de dois meses, a primeira desde 2016.

O acordo entre o Governo iemenita reconhecido pela comunidade internacional e os rebeldes Huthis estabeleceu um cessar-fogo acompanhado de medidas para aliviar o sofrimento da população, como o levantamento do cerco imposto a algumas cidades e a retoma limitada do tráfego aéreo em Sana, a capital do país, após seis anos de interrupção.

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