Cinco vítimas de rapto ainda estão em cativeiro em Moçambique

O comandante-geral da polícia moçambicana disse hoje que cinco pessoas raptadas no primeiro trimestre deste ano no país ainda estão em cativeiro e pede que a corporação trabalhe mais com as comunidades para a denúncia de residências suspeitas.

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Lusa
26/05/2022 17:29 ‧ 26/05/2022 por Lusa

Mundo

Moçambique

Nas contas oficiais da polícia, houve registo de "seis casos de raptos no país" no primeiro trimestre e, destes, "temos apenas um caso em que a vítima se encontra no convívio familiar", disse Bernardino Rafael, durante a cerimónia de apresentação do novo comandante da Polícia da República de Moçambique (PRM) na província de Maputo.

O comandante-geral quer maior empenho dos agentes na localização das vítimas e responsabilização dos raptores, sugerindo, por isso, que cada agente "trabalhe mais com a comunidade na sua área residencial".

"Na Matola, arredores de Maputo, existem muitas casas que não se sabe a quem pertencem. Durante o dia não fica ninguém, mas à noite aparece lá uma pessoa. Então, temos de trabalhar com a comunidade" para perceber o que se está a passar, referiu Bernardino Rafael.

O responsável referiu ainda que o envolvimento de polícias nos raptos "mancha a corporação", reiterando que vai "combater energicamente" os agentes infratores.

Cerca de 100 pessoas juntaram-se no sábado, na cidade da Beira, centro de Moçambique, numa marcha contra a onda de raptos que atinge empresários e familiares.

Numa avaliação sobre a criminalidade, apresentada no início do mês, a procuradora-geral da República de Moçambique referiu que os crimes de rapto têm vindo a aumentar e os grupos criminosos têm ramificações transfronteiriças, mantendo células em países como a África do Sul.

De acordo com Beatriz Buchili, foram registados 14 processos-crime por rapto em 2021, contra 18 em 2020, mas há outros casos que escapam à contabilidade oficial, sendo que na maioria o desfecho é desconhecido.

A procuradora-geral disse ainda que as "vítimas de rapto" são "constantemente chantageadas" pelos raptores, mesmo depois de libertadas, para lhes continuarem a pagar quantias em dinheiro, agravando o sentimento de insegurança.

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