Bloqueio de Mariupol deixou "milhares de ucranianos" em cativeiro

O presidente ucraniano revelou que "500.000 pessoas foram deportadas à força para a Rússia ou para as zonas ocupadas do Donbass".

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© Presidência da Ucrânia

Márcia Guímaro Rodrigues
24/05/2022 16:36 ‧ 24/05/2022 por Márcia Guímaro Rodrigues

Mundo

Volodymyr Zelensky

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, revelou esta terça-feira que o bloqueio da cidade portuária de Mariupol, no leste do país, deixou “vários milhares” de ucranianos em cativeiro.

Numa intervenção na Casa Ucraniana, em Davos, o chefe de Estado ucraniano enumerou a troca de prisioneiros, o desbloqueio dos portos ucranianos e a exportação de cereais, e a procura e localização de ucranianos deportados ilegalmente pela Rússia como “as questões humanitárias mais prementes para a Ucrânia”. 

“A primeira é a troca de pessoas. Hoje em dia, este é um momento humanitário e uma decisão política que depende do apoio de muitos Estados. Vários milhares do nosso povo estão em cativeiro após o bloqueio de Mariupol, Azovstal. Além disso, havia pessoas do Donbass. Hoje em dia, estão em cativeiro. Estas são pessoas absolutamente corajosas, estou-lhes imensamente grato. Fizeram um excelente trabalho. Heroico, histórico. Temos de os trocar”, afirmou.

Zelensky defendeu que é necessário "exercer pressão” sobre a Rússia, através do “encerramento de negócios” e “embargos ao petróleo”, de forma a “conseguir a possibilidade de troca”. “Para possibilitar a troca do nosso povo pelo exército russo”, frisou.

"Cerca de 500.000 pessoas foram deportadas à força para a Rússia ou para as zonas ocupadas do Donbass. As crianças foram levadas à força, separadas dos seus pais. Há muitos casos deste tipo. Apelámos tanto ao Comité Internacional da Cruz Vermelha como às Nações Unidas. Onde têm acesso, estão à procura destas pessoas, nós estamos à procura delas", disse.

No entanto, alertou, localizar os ucranianos “deportados ilegalmente” é “difícil”, uma vez que “os passaportes, outros documentos e telefones são frequentemente confiscados”.

Assinala-se, esta terça-feira, o 90.º dia da invasão russa da Ucrânia. Segundo dados oficiais de Kyiv, entre 2.500 a 3.000 soldados ucranianos e pelo menos 3.930 civis, incluindo mais de 200 crianças, morreram na sequência da guerra. 

Leia Também: AO MINUTO: Mais 500 milhões em apoio; Encontrados 200 corpos em Mariupol

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