Hungria não está em posição de concordar com novas sanções, diz Órban
Em causa está um novo pacote que, entre outras medidas, prevê um embargo energético gradual à Rússia.
Ema Gil Pires | 17:46 - 24/05/2022© Reuters
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Ucrânia/Rússia
A guerra chega esta terça-feira aos três meses e a luta continua a intensificar-se a leste, no Donbass. Durante a noite, morreram mais três civis na sequência de ataques russos a Kramatorsk, uma das maiores cidades da república separatista de Donetsk que ainda não é controlada pelos russos.
No palco diplomático, as relações entre Estados Unidos e China marcam o pano de fundo da guerra - perante a tensão por causa da soberania de Taiwan, o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, criticou a "posição ditatorial" do Ocidente e favoreceu uma maior relação com Pequim.
A Rússia terminou os trabalhos de desminagem no porto de Mariupol e nas áreas costeiras nos arredores da cidade no sudeste da Ucrânia, desativando mais de 12.000 engenhos explosivos, divulgaram hoje o Ministério da Defesa e os 'media' russos. "Uma série de tarefas foram realizadas para eliminar o perigo das minas", realça o comunicado da Defesa russa, divulgado na rede social Telegram.
O presidente suíço anunciou hoje a realização de uma conferência sobre a reconstrução da Ucrânia, a 4 e 5 de julho na Suíça, para mobilizar fundos para o país atingido por destruições maciças desde a invasão russa. Uma conferência sobre as reformas ucranianas estava inicialmente prevista para essa data na cidade de Lugano, mas o seu título e objetivo foram alterados devido ao contexto, disse Ignazio Cassis numa conferência de imprensa em Davos.
The Ukraine Recovery Conference #URC2022 on July 4-5 in Lugano 🇨🇭 marks the international kick-off for #Ukraine’s reconstruction process 🇺🇦 Presented with PM @Denys_Shmyhal and FM @DmytroKuleba at #WEF22 how Switzerland & global partners can best contribute to the recovery plan. pic.twitter.com/uVRb7M7caX
— Ignazio Cassis (@ignaziocassis) May 24, 2022
Os Estados Unidos vão acabar, a partir desta quarta-feira, com a exceção que permitia à Rússia pagar as suas dívidas com dólares, decisão que pode levar Moscovo a entrar em incumprimento, anunciou hoje o Departamento de Tesouro. Prevista no âmbito das drásticas sanções impostas a Moscovo devido à invasão da Ucrânia, a exceção acabará às 00:01 de quarta-feira (05:01 de Lisboa), dois dias antes do próximo prazo de pagamento da Rússia.
Cerca de 200 corpos foram encontrados na base de um edifício residencial destruído em Mariupol, cidade no sudeste da Ucrânia sitiada e fortemente bombardeada durante quase três meses pelas forças russas, revelou hoje fonte da autarquia. Petro Andryushchenko, assessor do presidente da Câmara de Mariupol, adiantou que os corpos estavam em decomposição e o mau cheiro pairava sobre o bairro.
O principal comandante militar que combateu até ao final da semana passada para tentar manter a cidade portuária de Mariupol sob controlo ucraniano está vivo e em território controlado pela Rússia, disse hoje a sua mulher após breve contacto telefónico.
O líder separatista russófono de Donetsk, Denis Pushilin, assegurou hoje que foi iniciado o assalto à cidade de Lyman, e que metade da localidade, a nordeste da estratégica cidade de Sloviansk, já se encontra ocupada por forças russas. "Um total de 28 localidades no norte de Donetsk foram hoje libertadas. Agora está a decorrer a fase ativa da libertação da cidade de Lyman", disse à agência noticiosa russa Interfax.
A segunda maior cidade da Rússia, São Petersburgo, e a cidade portuária ucraniana de Mariupol, capturada na semana passada pelas tropas russas, vão tornar-se “cidades irmãs”, anunciou esta terça-feira Alexander Beglov, governador da cidade russa. Segundo Beglov, São Petersburgo está “preparada” para ajudar a reconstruir a cidade destruída nos conflitos entre as tropas russas e ucranianas.
As forças russas levaram a cabo, esta terça-feira, um ataque de larga escala com o intuito de cercar as tropas ucranianas que se encontram a combater em cidades do leste da Ucrânia - cuja conquista se trata, neste momento, de um dos principais objetivos de Moscovo, noticia a Reuters. "Agora estamos a observar a fase mais ativa da agressão em grande escala que a Rússia lançou contra o nosso país", disse o porta-voz do Ministério da Defesa ucraniano, Oleksandr Motuzyanyk, num briefing televisivo.
O multimilionário e filantropo húngaro George Soros alertou, esta terça-feira, que a invasão russa da Ucrânia “pode acabar por ser o início da Terceira Guerra Mundial” e que a civilização “pode não sobreviver” a um conflito mundial.
Russia’s invasion of Ukraine didn’t come out of the blue. It’s the result of the increasing struggle between two diametrically opposed governance systems: open society and closed society. Watch my remarks from @Davos at 1pm EDT/7pm CEST: https://t.co/PdcK4grLtW pic.twitter.com/YKuNitZcCf
— George Soros (@georgesoros) May 24, 2022
O Canadá comprou 20 mil munições de artilharia aos Estados Unidos da América (EUA) para enviar para a Ucrânia, anunciou esta terça-feira a ministra da Defesa canadiana, Anita Anand. Segundo a agência de notícias Reuters, as munições foram compradas por cerca de 98 milhões de dólares canadianos [cerca de 71 milhões de euros].
I’m at the Ukrainian Cultural Centre in Victoria to announce additional Canadian military aid for Ukraine.
— Anita Anand (@AnitaAnandMP) May 24, 2022
Je suis au Centre culturel ukrainien de Victoria pour annoncer une aide militaire canadienne supplémentaire pour l'Ukraine.
🔴 Live / en direct : https://t.co/SHUrflsHS9 pic.twitter.com/wFWNhU2i8O
O anúncio surge depois de os EUA terem garantido ontem que cerca de 20 países vão doar mais ajuda militar à Ucrânia, como munições, sistemas de defesa costeira, tanques ou veículos blindados.
A presidente da Comissão Europeia insurgiu-se hoje contra as "falsas expetativas" sobre a possível aprovação de um sexto pacote de sanções contra Moscovo, bloqueado pela Hungria devido ao embargo de petróleo russo, durante a cimeira da próxima semana.
Ursula von der Leyen salientou que ainda estão a ser discutidos temas "técnicos" para tentar mudar a postura da Hungria - a decisão requer unanimidade -, segundo explicou, acrescentando que "não é um tema apropriado para ser resolvido no Conselho Europeu" extraordinário a decorrer na próxima segunda e terça-feira.
A ministra dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Annalena Baerbock, e o seu homólogo polaco, Zbigniew Rau, defenderam hoje a necessidade de rever a estratégia de segurança europeia, no contexto da guerra na Ucrânia.
A Hungria entra à meia-noite de hoje em estado de emergência devido à guerra na vizinha Ucrânia, anunciou o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán. "O governo declara o estado de emergência por causa da guerra na Ucrânia", disse, num vídeo divulgado na rede social Facebook, poucas horas depois de o parlamento ter aprovado uma emenda constitucional que abriu a possibilidade de anunciar tal medida.
Um total de 256 crianças morreram e outras 399 ficaram feridas na sequência da invasão russa da Ucrânia, a 24 de fevereiro. Os dados foram confirmados pelo Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (OHCHR, na sigla em inglês). Em comunicado, o OHCHR dá conta de um total de “8.533 baixas civis no país: 3.942 mortos e 4.591 feridos”, até às 24h locais de 23 de maio.
O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, adiantou esta terça-feira que o país não está em posição de concordar com as novas sanções propostas pela União Europeia (UE) contra a Rússia, que incluem um embargo petrolífero, noticia a Reuters.
Numa carta enviada ao presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, Viktor Orbán referiu que era "improvável" que uma solução pudesse ser encontrada até à cimeira dos líderes europeus da próxima semana, defendendo ainda que os líderes não deveriam discutir a questão nessa mesma reunião.
O antigo presidente da Rússia e vice-presidente do Conselho de Segurança russo, Dimitri Medvedev rejeitou hoje o plano italiano para facilitar o diálogo com a Ucrânia, que descreveu como "um fluxo de pura imaginação dos grafómanos europeus". "Dá a impressão de que [a proposta] foi preparada não por diplomatas, mas por cientistas políticos que apenas leem jornais provinciais e notícias falsas ucranianas", afirmou Medvedev na rede social Telegram, acrescentando que a proposta não tem em consideração a realidade atual.
Os deputados russos adotaram hoje um projeto de lei que permitiria encerrar os meios de comunicação social estrangeiros na Rússia, por decisão do Ministério Público, se fossem acusados de desinformação sobre a guerra na Ucrânia.
A Rússia proibiu hoje 154 membros da Câmara dos Lordes, a câmara alta do parlamento britânico, de entrar no país, como medida de retaliação às sanções impostas por Londres contra o Conselho da Federação russa. "Em resposta à decisão tomada em março pelo Governo do Reino Unido de elaborar uma lista de sanções relativas a quase todo o Conselho da Federação, estão a ser introduzidas restrições contra 154 membros da Câmara dos Lordes", referiu o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, numa declaração.
A Ucrânia acabará por fazer parte da União Europeia (UE), garantiu esta terça-feira o ministro francês delegado para os Assuntos Europeus, Clément Beaune. De acordo com a Reuters, o governante pretendeu tranquilizar Kyiv ao dizer que uma iniciativa desenhada com o intuito de estreitar os laços entre o bloco europeu e os países aspirantes não substituiria as suas propostas de adesão ao mesmo.
#Ukraine | Très heureux de recevoir au Quai d’Orsay, pour mon premier entretien, la vice Première ministre chargée de l’intégration européenne @StefanishynaO.
— Clement Beaune (@CBeaune) May 24, 2022
La France et l’Europe sont des soutiens indéfectibles de l’#Ukraine et de son peuple 🇺🇦🇪🇺🇫🇷 ⤵️ pic.twitter.com/WllixQBqN0
A Procuradoria-Geral da Ucrânia acusou, esta terça-feira, cinco militares russos e três mercenários do grupo militar privado Wagner pelo assassinato da autarca de Motyzhyn e de dois membros da sua família. No início do mês de abril, o Ministério do Interior da Ucrânia revelou que Olga Sukhenko, de 50 anos, foi “executada” a tiro, juntamente com o marido e o filho a 24 de março. Os corpos foram encontrados, parcialmente enterrados, numa vala após o exército russo se retirar da região de Kyiv.
A Rússia afirma que está a abrandar a ofensiva na Ucrânia para "evitar baixas civis", disse hoje o ministro da Defesa russo, reafirmando que as forças russas não atacam infraestruturas civis, apesar das imagens de cidades destruídas. "As forças armadas russas, ao contrário das ucranianas, não atacam as infraestruturas civis onde os civis possam estar localizados", disse Serguei Shoigu durante uma reunião do Conselho de Ministros da Defesa da Organização do Tratado de Segurança Coletiva (OTSC), citado pela agência russa TASS.
Russia was forced to start a special military operation to protect people from genocide and ensure Ukraine's nuclear-free and neutral status, Russian Defense Minister Sergey Shoigu said:https://t.co/BoTBYNEore pic.twitter.com/aRAY2Nrs4T
— TASS (@tassagency_en) May 24, 2022
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, revelou esta terça-feira que o bloqueio da cidade portuária de Mariupol, no leste do país, deixou “vários milhares” de ucranianos em cativeiro. "Vários milhares do nosso povo estão em cativeiro após o bloqueio de Mariupol, Azovstal. Além disso, havia pessoas do Donbass. Hoje em dia, estão em cativeiro. Estas são pessoas absolutamente corajosas, estou-lhes imensamente grato. Fizeram um excelente trabalho. Heroico, histórico. Temos de os trocar", afirmou.
Após a condenação do combatente russo acusado de matar um civil na Ucrânia, na segunda-feira, Porfírio Silva, deputado do Partido Socialista (PS), voltou a recorrer às redes sociais para abordar o caso, questionando que, se um jovem “merece a prisão perpétua”, o que merecem, então, “os que abriram as portas do inferno?”.
Entre 2.500 a 3.000 soldados ucranianos e pelo menos 3.930 civis, incluindo mais de 200 crianças, morreram desde o início da invasão russa da Ucrânia, há três meses, segundo dados oficiais de Kyiv. De acordo com os dados recolhidos pelo portal de notícias ucraniano The Kyiv Independent, e difundidos pela Procuradoria-Geral do país, os bombardeamentos russos que assolaram o país mataram 234 crianças.
Exactly three months ago, on Feb. 24, Russia launched a full-scale invasion of Ukraine.
— The Kyiv Independent (@KyivIndependent) May 24, 2022
Here’s what it has cost Ukraine so far. pic.twitter.com/FV2Ug0nvvD
O ministro das Finanças da Alemanha, Christian Lindner, disse esta terça-feira que era impossível quantificar o custo associado a uma reconstrução da Ucrânia enquanto prosseguirem os combates com as tropas de Moscovo, reporta a Reuters. "O lado ucraniano não fala muito sobre reconstrução. A prioridade é parar a guerra, a prioridade é assegurar a funcionalidade do Estado ucraniano", afirmou Lindner, em Bruxelas, após uma reunião que juntou os ministros das Finanças do bloco europeu.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, revelou esta segunda-feira que a Rússia ainda não viu o plano de paz para a Ucrânia traçado por Itália, mas sublinhou que espera recebê-lo através dos canais diplomáticos. Em causa está uma proposta de Itália feita à Organização das Nações Unidas (ONU), que prevê a formação de um “grupo de facilitação internacional" para tentar conseguir um cessar-fogo “passo a passo” na Ucrânia.
Mais de 80 por cento dos ucranianos são contra ceder territórios em troca de um acordo de paz com a Rússia, segundo uma sondagem publicada hoje pelo Instituto de Sociologia Internacional de Kyiv. Globalmente, 82% dos entrevistados considera que concessões destas não devem ser feitas em nenhuma circunstância, mesmo correndo o risco de prolongar a guerra, enquanto 10% consideram admissível "abandonar" territórios para alcançar a paz mais rapidamente ou para preservar a independência da Ucrânia.
A população de Kharkiv, a segunda maior ucraniana a seguir à capital, saiu esta terça-feira dos abrigos subterrâneos para deixar passar o metropolitano. O serviço voltou a circular pelos túneis de Kharkiv, depois de três meses de bombardeamentos constantes.
O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, contou esta terça-feira no Twitter que conversou com o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, e os dois terão discutido o envio de mais armas para a Ucrânia se defender da invasão russa. Kuleba acrescentou que foram discutidas "formas de desbloquear as exportações ucranianas e garantir a segurança alimentar global", provocada pelo bloqueio de exportações de cereais pelas tropas russas no Mar Negro.
Spoke with @SecBlinken to thank the U.S. for its ironclad support of Ukraine. More weapons, including heavy, are headed to Ukraine as Russia continues its devastating attacks in the Donbas. We also discussed ways to unblock Ukraine’s exports and ensure global food security.
— Dmytro Kuleba (@DmytroKuleba) May 24, 2022
Um tribunal de Moscovo ordenou hoje a detenção de dois 'bloggers' russos que vivem fora do país e que foram acusados de desacreditarem o exército e a ofensiva na Ucrânia, anunciou hoje a justiça russa. Michael Nacke, que gere um blogue de vídeo fora da Rússia com mais de 700.000 subscritores, foi acusado de divulgar informações falsas sobre as forças armadas russas, de acordo com o tribunal.
O enviado dos EUA para o Clima, John Kerry, defendeu hoje em Davos que a guerra na Ucrânia não deve ser usada como "pretexto" para relaxar os esforços no campo da transição energética. "Não devemos permitir a criação de uma falsa narrativa de que o que aconteceu na Ucrânia nega a necessidade de continuar e acelerar o que estamos a fazer para resolver a crise climática", disse Kerry, durante uma conferência de imprensa, no Fórum Económico Mundial, em Davos.
Imagens de satélite divulgadas esta terça-feira pela Maxar Technologies, uma empresa norte-americana cujas imagens têm sido verificadas por agências de inteligência e órgãos de comunicação social, demonstram navios russos a carregar cereais ucranianos num porto na Crimeia, em Sevastapol. Segundo a Sky News, os dois navios cruzeiros carregaram cereais entre os dias 19 e 21 de maio.
A Comissão Europeia e a Ucrânia acusam a Rússia de roubar centenas de milhares de toneladas de cereais e trigo dos solos ucranianos - a Ucrânia é um dos maiores produtores de cereais do mundo, e as suas exportações são cruciais para o consumo agrícola da União Europeia.
E outas imagens de satélite da empresa norte-americana Planet Labs PBC, citadas pela Sky News, capturaram um dos navios, o Matros Pozynich, a atracar na Síria com os cereais ucranianos, descarregando no porto de Latakia. Não seria a primeira vez que tal sucederia, já que o regime ditatorial de Bashar al-Assad, que governa a Síria com o apoio do Kremlin, tem permitido a entrada de navios russos no seu espaço.
New satellite images from "Maxar Technologies" show stolen Ukrainian grain being loaded on Russian ships in Crimea.
— Stratcom Centre UA (@StratcomCentre) May 24, 2022
There are two ships under the flag of Russia, docked and loaded with stolen Ukrainian grain in the port of the temporarily occupied Sevastopol pic.twitter.com/DtQRyCeQnM
A organização não-governamental (ONG) Transparência Internacional (TI) acusou hoje os países do G7 e outras potências económicas de serem pouco eficazes na aplicação de sanções contra a Rússia, num relatório divulgado esta terça-feira.
As forças armadas ucranianas confirmaram esta terça-feira que os russos assumiram o controlo da cidade de Svitlodarsk, na região a leste de Donetsk, onde a luta se tem concentrado nas últimas semanas. Segundo o chefe da administração militar local, citado pelo Kyiv Independent, as tropas russas ocuparam a cidade pela manhã e hastearam a bandeira da Rússia na câmara municipal.
⚡️Official: Russian forces capture Svitlodarsk, Donetsk Oblast.
— The Kyiv Independent (@KyivIndependent) May 24, 2022
According to Serhiy Hoshko, the head of the Svitlodarsk military administration, Russian occupiers entered the city on the morning of May 24 and hoisted a Russian flag on the city council building.
Perante a intransigência da Turquia em permitir a adesão da Finlândia e da Suécia à NATO, as autoridades diplomáticas dos três países concordaram com uma reunião em Ancara, na quarta-feira, para discutir a entrada dos países nórdicos na aliança. A reunião foi confirmada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Mevlut Cavusoglu, citado pela Sky News.
O parlamento russo vai considerar esta terça-feira eliminar o limite de faixas etárias para inscrição nas forças armadas do país. Segundo o The Guardian, apenas podem inscrever-se no exército russos entre os 18 e os 40 anos de idade e estrangeiros entre os 18 e os 30 anos de idade.
A aprovação da lei permitiria aos russos colmatar falhas nas suas forças armadas que, segundo apontaram várias agências internacionais, enfrentam a guerra na Ucrânia com cada vez menos meios e recursos humanos.
As forças armadas ucranianas indicam nas redes sociais que já morreram quase 30 mil forças russas, apesar do Kremlin refutar números tão elevados. A confirmar-se o valor apontado pela Ucrânia, isso significa que terão morrido, em três meses de guerra, o dobro dos soldados que a União Soviética perdeu em dez anos de guerra no Afeganistão (cerca de 15 mil), a sua maior derrota durante a Guerra Fria e uma guerra que precipitou o colapso do regime.
Pelo menos 310 ucranianos que tinha obtido uma proteção temporária em Portugal devido à guerra regressaram à Ucrânia, segundo dados enviados à Lusa pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF). Desde que começou a guerra na Ucrânia, a 24 de fevereiro, 38.278 ucranianos ou estrangeiros residentes naquele país pediram proteção temporária a Portugal.
O Conselho da União Europeia (UE) adotou hoje a abolição temporária, por um ano, de tarifas aduaneiras relativas à exportação de produtos ucranianos para o espaço comunitário, visando apoiar a economia da Ucrânia devido à guerra.
A organização Transparência Internacional anunciou hoje que apresentou uma queixa em Paris por "branqueamento" em França de possíveis ganhos ilícitos de "empresários e altos funcionários próximos de Vladimir Putin".
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia recorreu às redes sociais para partilhar a história de Veronika, uma criança, de 10 anos, que se encontra em recuperação. Esta que é uma história triste é também uma das histórias de sobrevivência e superação que chegam da guerra.
On April 9, 🇷🇺tank opened fire at the shelter in #Donetsk region. Veronika, 10yo, is the only survivor, her family was killed. A shell fragment stuck in the girlʼs head, her left thumb was torn off, and her right arm was partially paralyzed. She has undergone rehabilitation now. pic.twitter.com/NGHBiB76F2
— MFA of Ukraine 🇺🇦 (@MFA_Ukraine) May 24, 2022
O ex-presidente pró-russo da Moldova Igor Dodon foi hoje detido pela polícia, por acusações de traição ao Estado e corrupção, anunciou a Procuradoria-Geral do país. "Igor Dodon foi detido na manhã de hoje por 72 horas. Está no centro de detenção provisória do Centro Nacional Anticorrupção", disse a porta-voz da Procuradoria-Geral da República, Mariana Chiorpec.
O ex-presidente moldavo é alvo de uma investigação por "traição ao Estado", "corrupção passiva", "financiamento de um partido político por uma organização criminosa" e "enriquecimento ilegal". Igor Dodon presidiu a Moldova de 2016 a 2020 e sempre declarou o seu apoio a Moscovo.
O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, considerou hoje que o Presidente russo "cometeu um grande erro estratégico" ao invadir a Ucrânia para impedir o alargamento da aliança, que terá mais membros junto às fronteiras da Rússia.
A Rússia não fixou um prazo para a "operação militar especial" que iniciou na Ucrânia há três meses, afirmou hoje o secretário-geral do Conselho de Segurança russo, Nikolai Patrushev, assegurando que todos os objetivos serão cumpridos.
As autoridades em trabalhos de limpeza na cidade de Mariupol, que foi recentemente tomada pelas tropas russas, encontraram 200 corpos nos escombros de um edifício. Segundo um conselheiro do autarca ucraniano de Mariupol, Petro Andriuschenko (cujas funções continuam incertas depois da rendição da cidade), os corpos apresentavam um elevado grau de decomposição.
"Devido à recusa dos locais em recolher e arrumar os corpos dos mortos, o ministério da Emergência russo deixou o local. Os corpos dos mortos continuam lá, debaixo do edifício parcialmente limpo, o cheio é sentido por todo o quarteirão", disse o conselheiro no Telegram, citado pela agência russa Interfax.
O Conselho da União Europeia (UE) libertou uma quarta parcela de assistência à Ucrânia no valor de 500 milhões de euros, ao abrigo do Mecanismo Europeu de Apoio à Paz, foi hoje anunciado. Com esta parcela, a UE mobilizou já dois mil milhões de euros para a Ucrânia ao abrigo do mecanismo, em resposta à agressão russa ao país.
Eslováquia, Estónia, Letónia e Lituânia solicitaram aos parceiros europeus para que utilizem cerca de 300.000 milhões de euros em ativos do Banco Central da Rússia congelados por sanções a Moscovo para financiar a reconstrução da Ucrânia.
Para desviar um pouco das notícias sobre a guerra, para notícias sobre a Rússia: a Justiça russa confirmou hoje a condenação a nove anos de prisão em "regime severo" que tinha sido imposta em março ao principal opositor do regime, Alexei Navalny, julgado por alegadas "fraude" e "desobediência ao tribunal".
Navalny foi acusado de ter desviado cerca de 25.000 dólares de doações a organizações que fundou, nomeadamente ao Fundo de Luta Contra a Corrupção (FBK na sigla em russo), criado para combater o enriquecimento ilícito de altos funcionários russos e proibido no país em junho de 2021 por a sua atividade ter sido considerada "extremista". Considerado uma das vozes mais críticas do Kremlin (presidência russa), Navalny está a cumprir, desde fevereiro de 2021, uma pena de prisão de dois anos e meio por outro caso de alegada fraude em 2014.
A guerra que começou na Ucrânia no dia 24 de fevereiro já provocou a morte a 415 civis na região ucraniana do Donbass, onde a atividade russa se intensificou nas últimas semanas. Segundo o governador da região, Pavlo Kyrylenko, citado pelo Kyiv Independent, cerca de 1150 civis foram feridos, mas estes dados não incluem as baixas em Mariupol, onde o governo ucraniano alega que morreram dezenas de milhares de pessoas durante o cerco que durou cerca de três meses.
Estes dados também não incluem as baixas desde 2014, quando começou a guerra na região entre o governo ucraniano e as forças separatistas pró-russas em Donetsk e Lugansk.
⚡️Russia’s war has killed 415 civilians in Donetsk Oblast since Feb. 24.
— The Kyiv Independent (@KyivIndependent) May 24, 2022
According to Governor Pavlo Kyrylenko, 1,146 civilians have been injured in the region as of May 24. However, the figures do not include casualties in occupied Mariupol and Volnovakha.
O Exército russo disparou um total de 2.275 mísseis contra a Ucrânia e realizou mais de 3.000 ataques aéreos nestes três meses de guerra, declarou hoje o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. "No total, desde 24 de fevereiro, o Exército russo lançou 1.474 ataques com mísseis contra a Ucrânia, usando 2.275 foguetes de diferentes tipos", disse Zelensky numa mensagem de vídeo divulgada hoje e publicada pelas agências de notícias locais.
A presidente da Comissão Europeia reiterou esta terça-feira o apoio da União Europeia (UE) sobre a adesão da Ucrânia, apelando que os líderes mundiais presentes no Fórum Económico Mundial, em Davos, na Suíça, "apoiem firmemente a Ucrânia no seu objetivo de seguir o caminho europeu".
No seu discurso, Ursula von der Leyen afirmou que a Ucrânia "pertence à família europeia" e elogiou a resistência à invasão russa. Através do Twitter, a líder europeia informou ainda que a UE vai apoiar a Ucrânia com mais 10 mil milhões de euros - naquilo que diz ser o maior pacote de ajuda da UE a um país terceiro.
We will do everything we can to help Ukrainians prevail.
— Ursula von der Leyen (@vonderleyen) May 24, 2022
For the 1st time, the EU is providing military aid to a country under attack.
We proposed over €10 billion in macro-financial assistance.⁰
The largest such package ever conceived by the EU for a third country. pic.twitter.com/Gb8NdT5kMN
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, pediu hoje à comunidade internacional para não comprar à Rússia "cereais roubados" ao seu país e avisou que isso implica "cumplicidade" com os crimes russos. "A Rússia rouba cereais da Ucrânia, carrega-os em navios, atravessa o [estreito do] Bósforo e tenta vendê-los no estrangeiro", denunciou Kuleba, numa mensagem divulgada no Twitter.
Russian thieves steal Ukrainian grain, load it onto ships, pass through Bosporus, and try to sell it abroad. I call on all states to stay vigilant and refuse any such proposals. Don’t buy the stolen. Don’t become accomplices to Russian crimes. Theft has never brought anyone luck.
— Dmytro Kuleba (@DmytroKuleba) May 24, 2022
O rublo subiu hoje para o valor mais alto face ao dólar desde março de 2018, depois de a Bolsa de Valores de Moscovo ter fixado hoje as cotações oficiais em 57,59 rublos por dólar e 59,97 rublos por euro.
A Agência da União Europeia para o Asilo (AUEA) vai destacar pessoal para a Moldova, pela primeira vez para um país terceiro, para ajudar a gerir o fluxo de refugiados que fogem da guerra na Ucrânia, foi hoje divulgado.
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, anunciou esta terça-feira no Fórum Económico Mundial, na Suíça, que a Finlândia e a Suécia vão participar na próxima cimeira da NATO. O evento está marcado para os dias 28 a 30 de junho, em madrid.
Na semana passada, os dois países nórdicos oficializaram as suas intenções em aderir à aliança transatlântica, na sequência da agressão russa na Ucrânia e das ameaças do Kremlin face às possíveis adesões. O chefe do executivo espanhol assegurou que existe um sentimento favorável entre os aliados a favor do acolhimento destes dois países e que a Espanha está disposta a acelerar todo o processo parlamentar nacional para que isto seja uma realidade.
🔴EN DIRECTO
— La Moncloa (@desdelamoncloa) May 24, 2022
El presidente del Gobierno, @sanchezcastejon, interviene en el Foro Económico Mundial en Davos, Suiza.#wef22 #DAVOS22 https://t.co/og9tkd1Q7L
No dia 24 de fevereiro, pouco antes do nascer do sol, tropas russas invadiram o território ucraniano a partir do norte, do leste e do sul do país. As bombas atingiram as duas maiores cidades, Kyiv e Kharkiv, e o avanço dos invasores precipitaram a maior onda de refugiados da Europa desde a crise migratória de 2015.
Três meses depois, a 'vitória-relâmpago' da Rússia que muitos previam não se confirmou. A defesa da Ucrânia aguentou, afastou os russos de Kyiv e, agora, a guerra está concentrada no sul e no Donbass.
A guerra na Ucrânia tem tido um contexto histórico diferente de qualquer outro grande conflito armado, situando-se numa altura em que os movimentos das tropas são quase acompanhados ao minuto, em que declarações de guerra são preparadas pelo Twitter e em que as imagens mais marcantes são vistas por todo o mundo em poucos minutos.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, disse que Moscovo se vai concentrar no aprofundamento de laços com a China, indo considerar caso o Ocidente queira restabelecer relações futuramente. "Se eles [o Ocidente] quiserem oferecer algo em termos de retoma das relações, consideraremos seriamente se precisaremos disso ou não", disse Lavrov, num discurso transcrito, que foi divulgado no site do Ministério.
O governante russo acusa ainda o Ocidente de assumir uma “posição de ditador”.
As autoridades russas anunciaram hoje que destruíram, com mísseis lançados do ar, um depósito de projéteis de 155 milímetros para obuses norte-americanos M-777, conhecidos como Howitzer, no leste da Ucrânia.
O clássico distópico de George Orwell, '1984', foi escrito para descrever os perigos do liberalismo ocidental - não do totalitarismo - afirmou a porta-voz do MNE russo.
“Por muitos anos, acreditámos que Orwell descreveu os horrores do totalitarismo. Estes é um dos maiores enganos globais”, afirmou Maria Zakharova, garantindo que o escritor “escreveu sobre o fim do liberalismo”. “Ele descreveu como o liberalismo levaria a Humanidade a um beco sem saída.” disse Maria Zakharova, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, durante uma palestra pública em Ekaterinburg, no sábado.
Grant Shapp, secretário de Estado dos Transportes do Reino Unido, considerou que a escassez de alimentos causada pela invasão à Ucrânia pode causar mais mortes do que a própria guerra. “Estou especificamente preocupado com a situação na Ucrânia”, começou por dizer o governante britânico, em declarações à Sky News, depois de explicar que conversou com o ministro das Infraestruturas da Ucrânia, Oleksandr Kubrakov, sobre uma forma de garantir que os cereais pudessem deixar o país.
Numa antiga fábrica, no centro de Kyiv, tatuadores exercem a sua atividade para angariar fundos para as forças armadas ucranianas que lutam em batalhas no leste do país.
Segundo a Reuters, todos os sábados, durante as últimas sete semanas, uma maratona de tatuagens tem vindo a angariar clientes, sendo os fundos conseguidos doados às forças ucranianas que lutam contra as tropas russas desde que Moscovo invadiu a Ucrânia no dia 24 de fevereiro.
O governador ucraniano da região de Lugansk, uma das regiões do Donbass na linha da frente da guerra, alertou esta manhã que a cidade de Severodonetsk continua controlada pela Ucrânia, mas os russos concentraram um forte contingente na região. Segundo o relatório publicado no Telegram, citado pelo The Guardian, Serhiy Gaidai garantiu que a cidade "está completamente sob controlo das autoridades ucranianas".
"Os russos concentraram quase todas as suas forças, nomeadamente 25 batalhões táticos, para tomar a cidade. O número de bombardeamentos aumentou várias vezes. As batalhas estão a decorrer nas aldeias circundantes. É muito difícil resgatar pessoas", admite Gaidai.
Um embargo europeu ao petróleo russo é possível "dentro de alguns dias", disse o ministro da Economia alemão, Robert Habeck, embora tenha reconhecido que a medida não é ainda consensual no seio da União Europeia (UE). "Apenas alguns estados, especialmente a Hungria, que levantaram problemas", disse Habeck à televisão pública alemã ZDF na segunda-feira à noite. Mas "as discussões continuam" e "acho que conseguiremos um avanço em poucos dias".
Bundeswirtschaftsminister Robert #Habeck geht davon aus, dass sich die EU „innerhalb von wenigen Tagen“ auf ein Öl-Embargo gegen Russland einigen wird. Bei Gas sei das aber komplizierter, so der Grünen-Politiker in #Davos. pic.twitter.com/KptLYSOqNj
— ZDF heute journal (@heutejournal) May 23, 2022
O diplomata e conselheiro presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak, voltou a criticar o Ocidente, apontando baterias ao Fórum Económico Mundial, que está reunido em Davos, na Suíça. Através do Twitter, Podolyak questionou a diplomacia feita "à margem" do Fórum, que considera "estar a pensar se é altura para o cessar-fogo, concordar com o Kremlin e voltar aos negócios com a Rússia".
"Um novo vírus de cegueira? A Ucrânia não troca a sua soberania para encher a carteira de alguém", avisou o conselheiro de Zelensky. O governo ucraniano já tinha criticado apelos para cedências de território em prol de um cessar-fogo, nomeadamente por parte do governo italiano.
There is a talk on @wef sidelines, whether it is time for a ceasefire, to agree with the Kremlin and return to business with 🇷🇺. A new blindness virus? 🇺🇦 does not trade its sovereignty for someone to fill their wallet. The shortest way to end the war - weapons, money, embargo.
— Михайло Подоляк (@Podolyak_M) May 24, 2022
O Presidente dos Estados Unidos considerou hoje que a invasão russa da Ucrânia "demonstra a importância" de manter um Indo-Pacífico "livre e aberto", no início da reunião do grupo Quad, em Tóquio.
As forças ocupantes da Rússia, que assumiram o controlo sobre a administração da cidade de Kherson, no sul da Ucrânia, vão pedir a Moscovo fundos para construir uma base militar. Segundo a agência estatal russa RIA, citada pela Sky News, o vice-presidente desta força de liderança russa regional, Kirill Stremousov, disse que a administração vai pedir a base ao Kremlin pois "é o que toda a população deseja".
"Isto é essencial e será uma garantia de segurança para a região e para os seus habitantes", disse.
A cidade de Kherson foi uma das primeiras cidades a cair nas mãos dos russos, logo no inicio da guerra, e as forças invasoras continuam a sugerir um referendo para aderir definitivamente ao território russo - embora as agências de inteligência ocidentais alertem para a possibilidade de um sufrágio manipulado, à semelhança do que já aconteceu na Crimeia.
Engenheiros do Exército colombiano vão treinar militares ucranianos em desminagem militar humanitária, na sequência de um pedido da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), revelou esta segunda-feira o Ministério da Defesa da Colômbia. Os colombianos participaram, por convite, no grupo de contacto promovido pelos Estados Unidos e destinado a fortalecer as capacidades militares de Kyiv.
O governador da Administração Militar Regional de Donetsk, Pavlo Kyrylenko, disse que três civis morreram segunda-feira na sequência de ataques russos, rejeitando adiantar mais pormenores. À agência de notícias AP, em Kramatorsk, Pavlo Kyrylenko referiu que os conflitos continuavam perto da região de Lugansk e a linha da frente estava sob bombardeamento contínuo.
Recorde os principais destaques de ontem:
Iniciamos esta manhã uma nova cobertura AO MINUTO sobre a invasão russa na Ucrânia. Pode recordar todas as notícias de segunda-feira aqui.
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