Kerry defende que guerra na Ucrânia não deve relaxar transição energética
O enviado dos EUA para o Clima, John Kerry, defendeu hoje em Davos que a guerra na Ucrânia não deve ser usada como "pretexto" para relaxar os esforços no campo da transição energética.
© Reuters
Mundo Clima
"Não devemos permitir a criação de uma falsa narrativa de que o que aconteceu na Ucrânia nega a necessidade de continuar e acelerar o que estamos a fazer para resolver a crise climática", disse Kerry, durante uma conferência de imprensa, no Fórum Económico Mundial, em Davos.
Para o enviado para o Clima dos EUA, "podemos lidar com a crise ucraniana, bem como com a crise energética, enquanto lidamos com a crise climática".
A invasão russa da Ucrânia está a provocar perturbações no abastecimento energético, sendo Moscovo um dos principais exportadores mundiais de petróleo e gás, sobretudo no que respeita à Europa, que pretende reduzir rapidamente a sua dependência dos hidrocarbonetos russos.
"Deve haver novas formas de abastecimento para a Europa", argumentou Kerry, explicando que deve haver maior criatividade nas soluções encontradas e lembrando que as emissões de CO2 e o uso de carvão aumentaram ainda mais no ano passado.
Kerry citou o exemplo do gás de xisto, como uma via possível, e disse acreditar que as várias alternativas à energia russa, juntamente com os avanços tecnológicos, acabarão por permitir compensar as perdas geradas por eventual total embargo russo.
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