"Não devemos permitir a criação de uma falsa narrativa de que o que aconteceu na Ucrânia nega a necessidade de continuar e acelerar o que estamos a fazer para resolver a crise climática", disse Kerry, durante uma conferência de imprensa, no Fórum Económico Mundial, em Davos.
Para o enviado para o Clima dos EUA, "podemos lidar com a crise ucraniana, bem como com a crise energética, enquanto lidamos com a crise climática".
A invasão russa da Ucrânia está a provocar perturbações no abastecimento energético, sendo Moscovo um dos principais exportadores mundiais de petróleo e gás, sobretudo no que respeita à Europa, que pretende reduzir rapidamente a sua dependência dos hidrocarbonetos russos.
"Deve haver novas formas de abastecimento para a Europa", argumentou Kerry, explicando que deve haver maior criatividade nas soluções encontradas e lembrando que as emissões de CO2 e o uso de carvão aumentaram ainda mais no ano passado.
Kerry citou o exemplo do gás de xisto, como uma via possível, e disse acreditar que as várias alternativas à energia russa, juntamente com os avanços tecnológicos, acabarão por permitir compensar as perdas geradas por eventual total embargo russo.
Leia Também: UE e EUA condenam "chantagem energética" russa e destacam alternativas