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Macau quer apostar na mobilidade de peões e transportes públicos

O plano para o trânsito e transportes terrestres de Macau para a próxima década, que quer dar prioridade à utilização de transportes públicos e o controlo de veículos privados, vai apostar na mobilidade pedonal, anunciaram hoje as autoridades.

Macau quer apostar na mobilidade de peões e transportes públicos
Notícias ao Minuto

14:48 - 23/05/22 por Lusa

Mundo Macau

"[A] cada cinco quilómetros, vamos construir um troço de sistema pedonal ou passagem superior para peões", disse o diretor dos Serviços para os Assuntos de Tráfego, Lam Hin San, numa sessão de apresentação aos deputados da Assembleia Legislativa do "Planeamento Geral do Trânsito e Transportes Terrestres de Macau (2021-2030)".

O plano, que entra terça-feira em consulta pública por um período de dois meses, refere que "a mobilidade pedonal representou 46,3% de todos os modos de deslocação" em 2019 e que, "devido à falta de percursos pedestres de ligação entre as colinas, águas e terrenos com diferença topográfica", exigem-se distâncias mais longas na deslocação a pé.

Para reforçar a mobilidade pedonal, está a ser estudada a construção de uma rede "que ligue os postos fronteiriços, os pontos turísticos, os casinos e os hotéis", com vista a oferecer à população um sistema de circulação "conveniente, confortável e agradável", notou ainda Lam Hin San.

Segundo previsões do Governo de Macau, em 2030, o volume de deslocação dos cidadãos vai passar a ser de 2,43 milhões de pessoas por dia, traduzindo uma subida de 17%, "o que colocará em causa o trânsito rodoviário, os transportes públicos e o trânsito transfronteiriço".

Dados divulgados pelas autoridades revelam também que, em 2020, existiam 244 mil veículos motorizados no território, mais 48 mil do que na década anterior, traduzindo uma taxa média de crescimento anual de 2,2%.

Para fazer face a este crescimento, Macau quer apostar na "primazia dos transportes públicos", "controlo de veículos" e promoção de viaturas amigas do ambiente.

A extensão da linha do metro ligeiro, que entrou em funcionamento na ilha da Taipa em 2019 e que "ainda não desempenha em pleno o seu papel", é um dos planos para os próximos anos, com a previsão de que o volume de passageiros passe de 2.880 passageiros por dia, em 2020, para 137 mil pessoas por dia, em 2030.

No capítulo ambiental, o Governo quer dar o exemplo e, por isso, a partir do próximo ano, todos os serviços da administração pública deverão comprar viaturas elétricas "quando pretenderem adquirir ou trocar de veículos", refere o plano.

Também os autossilos dos novos edifícios privados e comerciais deverão ter, a partir de 2022, "carregamento lento de eletricidade e as respetivas infraestruturas para todos os lugares de estacionamento".

"Será aumentada de forma gradual a proporção dos autocarros movidos a nova energia. Antes de 2025, mais de 90% dos autocarros públicos serão movidos a energia nova", acrescenta o documento, que prevê ainda aumentar "de forma gradual a proporção de táxis elétricos".

No que diz respeito ao uso da bicicleta, a utilização deste meio de transporte no dia-a-dia de Macau "está fora de causa", referiu o secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, também presente na sessão.

"Esta cidade, que é antiga, acho que não é apropriada para as pessoas andarem de bicicleta, para se deslocarem para o trabalho", disse Rosário no final da sessão aos jornalistas.

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