Ministros do Conselho da Europa pedem cimeira por causa da guerra

Os ministros dos Negócios Estrangeiros dos 46 Estados-membros do Conselho da Europa manifestaram hoje a necessidade de realizar uma reunião de chefes de Estado e Governo para abordar a guerra na Ucrânia, o quarto encontro em 70 anos.

ministros dos Negócios Estrangeiros

© REUTERS/Massimo Pinca

Lusa
20/05/2022 16:04 ‧ 20/05/2022 por Lusa

Mundo

Rússia/Ucrânia

Os chefes da diplomacia reuniram-se hoje em Turim para a sua sessão anual, a primeira desde que a Rússia se retirou da organização devido à invasão da Ucrânia, tendo a Irlanda substituído a Itália na presidência rotativa do Comité de Ministros.

"Durante a sessão, surgiu o desejo de organizar uma cimeira dos 46 chefes de Estado dos países do Conselho da Europa", afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros italiano, Luigi di Maio, na conferência de imprensa final, na qual participaram o homólogo irlandês, Simon Coveney, e a secretária-geral do Conselho da Europa, Marija Pejcinovic Buric.

A intenção, acrescentou o italiano, é abordar a situação na Ucrânia, "ajudá-la a superar os dramáticos danos da guerra e acompanhá-la na sua reconstrução".

A cimeira vai servir para "relançar a organização e esta ordem europeia" e a sua importância reside no facto de que "seria a quarta cimeira nos 70 anos da história do Conselho da Europa", apontou por seu lado o ministro espanhol, José Manuel Albares, à agência espanhola Efe.

O presidente da Assembleia Plenária do Conselho da Europa, Tiny Kox, argumentou que essa reunião vai reforçar o organismo para que este possa "funcionar como uma pedra angular da arquitetura política europeia", numa altura em que "a guerra unilateral da Rússia contra a Ucrânia" aumentou a "necessidade urgente de reforçar essa arquitetura multilateral".

Relativamente à presidência rotativa irlandesa, que vai durar até novembro, o país tem três prioridades, salientou Coveney: reforçar os direitos humanos e a proteção dos civis na Europa, promover a democracia participativa e o compromisso dos jovens, e fomentar uma Europa de inclusão e diversidade.

"O objetivo será reafirmar que esta organização promove a paz", vincou Coveney, uma questão-chave na opinião da secretária-geral do Conselho da Europa, que realçou que a "paz não pode ser tomada como certa" no continente, tal como sido demonstrado pela invasão da Ucrânia.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros recomendaram também o aumento da proteção das mulheres e raparigas que fogem de conflitos e a adoção de um quadro jurídico regulamentar para combater o discurso de ódio e impedir a sua propagação na Internet.

Leia Também: AO MINUTO: Militares ordenados a deixar de combater; "Não quis matar"

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas