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Zelensky lembra deportação dos tártaros da Crimeia e compara-a à invasão

Zelensky frisa que, 78 anos depois, a Ucrânia "volta-se novamente para o que se vivia na altura" e que os "descendentes dessa tirania não estão apenas a tentar privar os tártaros da Crimeia do seu lar pela segunda vez", mas também "querem tirar o lar" de "todo o povo ucraniano".

Zelensky lembra deportação dos tártaros da Crimeia e compara-a à invasão

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, assinalou esta quarta-feira o ‘Dia da Memória das Vítimas do Genocídio do povo Tártaro da Crimeia’ e comparou a situação que se viveu em 1944 aos dias de hoje e à invasão russa da Ucrânia.

“Durante e após a deportação, quando o povo Tártaro da Crimeia foi forçado a viver no estrangeiro, quase metade das pessoas deslocadas morreram. Quase metade do povo! Foi um crime deliberado de tirania contra o povo e contra a humanidade enquanto tal”, considerou o chefe de Estado ucraniano, num discurso para assinalar a data.

Zelensky frisa que, 78 anos depois, a Ucrânia “volta-se novamente para o que se vivia na altura” e que o faz “em condições em que os descendentes dessa tirania não estão apenas a tentar privar os tártaros da Crimeia do seu lar pela segunda vez”, mas também “querem tirar o lar” de “todo o povo ucraniano”.

Agora existem “territórios significativos que estão sob ocupação” e “os chamados ‘campos de filtração’, pelos quais passam centenas de milhares de pessoas”, explica Zelensky, que frisa que a invasão russa da Ucrânia já “forçou mais de 12 milhões de homens e mulheres a abandonarem as suas casas”. “Mais uma vez, como há 78 anos, estão a deportar à força centenas de milhares de pessoas do nosso povo para áreas remotas”, acrescentou.

No entanto, enaltece, as forças ucranianas “estão a repelir os esforços mais desesperados dos ocupantes” e estão a recuperar territórios ocupados, incluindo a região de Kharkiv.

“As forças ocupantes já sofreram derrotas na Ucrânia como a Rússia não vê em várias guerras há décadas. Envenenados pela propaganda do Estado, muitos russos simplesmente ainda não estão cientes disto. Eles não querem ver o quão grandes são as suas perdas - em diferentes sentidos da palavra. Pessoas, economia, cultura, futuro”, acrescentou ainda.

Assinala-se, esta quarta-feira, o 84.º dia da invasão russa da Ucrânia. Segundo os mais recentes dados confirmados pela Organização das Nações Unidas (ONU), que alerta que o número real pode ser muito superior, 3.752 civis morreram e outros 4.062 ficaram feridos desde o início da invasão.

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