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Anunciado recolher obrigatório no Mogadíscio devido às presidenciais

As autoridades somalis anunciaram hoje um recolher obrigatório na capital do país, Mogadíscio, que entrará em vigor hoje, véspera das eleições presidenciais, e terminará na segunda-feira.

Anunciado recolher obrigatório no Mogadíscio devido às presidenciais

© Lusa

Lusa
14/05/2022 12:35 ‧ há 3 anos por Lusa

A medida foi anunciada na manhã de hoje, de acordo com o portal de notícias Goobjoog News, que citou as declarações à imprensa do porta-voz da polícia somali, Abdifatah Aden Hassan.

O recolher obrigatório começará hoje às 21:00, horário local (19:00 em Lisboa), e vai manter-se até às 06:00 de segunda-feira, horário local (04:00 em Lisboa).

Todas as ruas de Mogadíscio permanecerão encerradas e os centros comerciais estarão fechados até segunda-feira para garantir a segurança na capital, que vive sob a ameaça permanente do grupo 'jihadista' Al-Shabab.

Estas medidas juntam-se ao recolher obrigatório já declarado pela Missão de Transição da União Africana na Somália (ATMIS) no hangar do aeroporto internacional de Mogadíscio.

Na quarta-feira, um atentado suicida contra um posto de segurança do aeroporto da capital - onde se concentram os escritórios da ONU e as embaixadas da comunidade internacional - já tinha evidenciado a necessidade de reforçar a segurança do processo eleitoral.

A Somália realiza eleições presidenciais neste domingo, mais de um ano após o mandato do atual chefe de Estado, Mohammed Abdullahi Mohammed Farmaajo, ter expirado e após uma prolongada crise política.

A Comissão Parlamentar Mista para as Eleições Presidenciais, composta por 17 legisladores de ambas as casas do Parlamento da Somália, anunciou a data das eleições em 05 de maio.

As eleições ocorrem dois dias antes do prazo final fixado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para a realização do sufrágio e, assim, o país do Corno de África poderá continuar a receber apoio orçamental.

Estas eleições, há muito esperadas, são finalmente possíveis após a conclusão das eleições parlamentares e com a eleição dos presidentes da Casa dos Povos (Câmara Baixa) e do Senado em abril.

Este foi um marco essencial para a realização de eleições presidenciais - para as quais concorrem cerca de 20 candidatos - que foram adiadas desde 2021, em várias ocasiões, devido a disputas políticas, desacordos entre clãs e alegações de irregularidades, apesar do mandato de Farmaajo ter expirado em fevereiro desse ano.

Os 54 senadores da Câmara Alta e 275 deputados da Câmara Baixa devem eleger o chefe de Estado, de acordo com a lei somali.

O adiamento sistemático das eleições é uma distração dos problemas que o país enfrenta, tais como a luta contra o grupo terrorista Al-Shabab, que controla as zonas rurais do centro e do sul da Somália e que quer estabelecer um estado islâmico Wahhabi (ultraconservador).

A Somália tem estado numa situação de conflito e caos desde que o ditador Mohamed Siad Barre foi derrubado em 1991, deixando o país sem um governo eficaz e nas mãos de senhores da guerra e milícias islâmicas.

Leia Também: Atentado suicida na Somália faz 6 mortos nas vésperas das presidenciais

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