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Atentado suicida na Somália faz 6 mortos nas vésperas das presidenciais

Pelo menos seis pessoas morreram hoje num atentado suicida contra um posto de segurança do aeroporto internacional Aden Adde, na capital da Somália, Mogadíscio, quatro dias antes das eleições presidenciais no país.

Atentado suicida na Somália faz 6 mortos nas vésperas das presidenciais
Notícias ao Minuto

11:53 - 11/05/22 por Lusa

Mundo Atentado

De manhã, um homem ainda por identificar fez explodir um engenho nos arredores do aeroporto que, além das seis mortes, fez pelo menos 11 feridos.

A informação foi recolhida pela agência espanhola Efe junto de um agente de segurança que sobreviveu ao ataque, Abdullahi Ali Ahmed.

Está prevista uma sessão conjunta, em 15 de maio, para os 54 senadores da câmara alta e os 275 deputados da câmara baixa do parlamento somali elegerem o próximo chefe de Estado.

A realização desta votação tem vindo a ser adiada sucessivamente desde 2021, devido a disputas políticas, diferendos entre clãs e acusações de irregularidades.

Além disso, terá lugar dois dias antes do prazo imposto pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), que se comprometeu a cortar o apoio orçamental ao país caso aquele não seja cumprido.

Segundo o comité parlamentar que organiza a votação, há um número inédito de 39 candidatos que se registaram para concorrer à presidência, incluindo uma mulher, a ex-ministra dos Negócios Estrangeiros e vice-primeira-ministra (novembro de 2012 a janeiro de 2014), Fawzia Yusuf Adan.

Entre os candidatos encontram-se também o atual Presidente, Mohammed Abdullahi Mohammed 'Farmajo', que procura um segundo mandato, e o ex-primeiro-ministro Hassan Ali Khaire (2017-2020), bem como os ex-presidentes Hassan Sheikh Mohamud (2012-2017) e Sharif Sheikh Ahmed (2009-2012).

Para ser eleito, um candidato deve recolher pelo menos dois terços dos votos dos deputados e senadores, ou seja, 184 votos.

Este escrutínio porá fim a mais de um ano da crise política desencadeada pelo anúncio de 'Farmajo', em abril de 2021, de que pretendia estender o seu mandato por mais dois anos, o qual provocou confrontos armados em Mogadíscio, reavivando a memória das décadas de guerra civil que assolaram a Somália após 1991.

O Presidente acabou por instruir o seu primeiro-ministro, Mohamed Hussein Roble, a realizar as eleições, mas o processo progrediu pontuado por vários episódios de tensão entre os dois homens.

Os adiamentos sucessivos têm desviado a atenção da luta contínua contra o grupo fundamentalista Al-Shebab, afiliado à Al-Qaida, que controla várias áreas rurais do centro e sul do país, onde quer estabelecer um Estado Islâmico ultraconservador.

A Somália vive um cenário de conflito e caos desde que o ditador Mohamed Siad Barre foi derrubado em 1991, deixando o país sem um Governo eficaz e nas mãos de senhores da guerra e milícias islâmicas.

Leia Também: Pelo menos 17 'jihadistas' do Estado Islâmico mortos no norte do Iraque

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