"Nós, Leonid Kuchma, Viktor Yushchenko e Petro Poroshenko -- o segundo, terceiro e quinto presidentes da Ucrânia -- apelamos aos líderes mundiais, aos Estados-membros da União Europeia, Estados Unidos e Canadá, China, Turquia e outros, bem como às Nações Unidas", começa a carta.
No texto, os três antigos chefes de Estado pedem para se "ajudar as autoridades ucranianas com todos os recursos diplomáticos disponíveis para salvar a vida de civis e soldados ucranianos que a Rússia está a tentar eliminar pela ordem de [Vladimir] Putin, com métodos bárbaros nas instalações de Azovstal".
Na mensagem, partilhada no Facebook por Petro Poroshenko, e divulgada pela agência de notícias Unian, os antigos líderes da Ucrânia ressaltam que a "brutalidade chocante" das tropas russas carece de qualquer sentido militar.
Acrescentam que Mariupol, onde está localizada a siderúrgica, foi quase completamente destruída por bombardeamentos e ataques do Exército russo, "que agora tenta esconder os vestígios dos seus crimes".
Os antigos presidentes afirmam também que os elementos do batalhão Azov, que defende a siderúrgica, os fuzileiros navais e os guardas fronteiriços ucranianos, "já fizeram história, porque o seu feito militar é inédito", mas, realçaram, agora não se trata de "uma batalha igual ou desigual".
"Perante os olhos do mundo, uma tentativa de vingança sangrenta e massacre está a acontecer pelos russos contra aqueles que, embora cercados, os derrotaram em espírito e força de vontade", concluem.
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