Disfarçada de estafeta, ativista das Pussy Riot consegue fugir da Rússia
De acordo com o The New York Times, a artista ter-se-á disfarçado de estafeta de entregas de comida para fugir à polícia de Moscovo.
© Reuters
Mundo Rússia/Ucrânia
Masha Alekhina, ativista e membro do grupo de punk rock feminista russo Pussy Riot, conseguiu fugir da Rússia, está a noticiar o The New York Times. Depois de muitas peripécias e disfarçada de estafeta de entregas de comida, Alekhina levaria, assim, a cabo uma fuga do país onde, neste momento, a utilização da palavra "guerra" é proibida.
A ativista foi colocada sob prisão domiciliária por causa da sua atitude interventiva - mas numa altura em que o Kremlin procura reprimir os críticos da invasão sobre a Ucrânia, Masha Alekhina passaria a ver-se obrigada a cumprir a sua pena numa colónia penal. Uma razão que a motivou, ainda mais, a abandonar o território russo, pelo menos temporariamente.
De acordo com o jornal, a artista ter-se-á disfarçado de estafeta de entregas de comida para fugir à polícia de Moscovo, que tinha estado a vigiar o apartamento onde se encontrava hospedada, pertencente a uma amiga. Terá deixado o seu telemóvel para trás, de forma a não ser seguida pelas autoridades.
Uma outra amiga terá levado a ativista até à fronteira com a Bielorrússia, tendo depois demorado uma semana a chegar até à Lituânia. A descrição desta 'aventura' aconteceu quando estava já na capital lituana, Vilnius.
"Fiquei feliz por ter conseguido, porque foi um grande e imprevisível" volte-face para as autoridades russas, explicou Masha Alekhina. "Ainda não compreendo completamente o que fiz", confessou.
A sua advogada, em declarações à agência estatal russa TASS, disse: "Não sei como conseguiu fazer isto, dada a estreita vigilância que as autoridades policiais organizaram sobre ela".
Desde o início da guerra, e com o presidente russo, Vladimir Putin, a fortalecer os mecanismos de repressão de todos aqueles que se pronunciavam contra a invasão sobre a Ucrânia, já milhares de pessoas tomaram a decisão de sair do país, por discordarem das políticas que lá têm vigorado.
A ofensiva militar russa sobre a Ucrânia causou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, das quais mais de 5,5 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU. Por sua vez, a mesma entidade revela que mais de três mil civis tenham perdido a vida, embora alertando para a probabilidade de o número real ser muito maior.
Leia Também: Invasão russa chegou a um "impasse", diz inteligência americana
Consolidação de crédito: Perdido com vários créditos? Organize-os, juntando todos numa só prestação
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com