Disfarçada de estafeta, ativista das Pussy Riot consegue fugir da Rússia

De acordo com o The New York Times, a artista ter-se-á disfarçado de estafeta de entregas de comida para fugir à polícia de Moscovo.

Pussy Riot de volta à oposição com novo vídeo

© Reuters

Notícias ao Minuto
10/05/2022 23:54 ‧ 10/05/2022 por Notícias ao Minuto

Mundo

Rússia/Ucrânia

Masha Alekhina, ativista e membro do grupo de punk rock feminista russo Pussy Riot, conseguiu fugir da Rússia, está a noticiar o The New York Times. Depois de muitas peripécias e disfarçada de estafeta de entregas de comida, Alekhina levaria, assim, a cabo uma fuga do país onde, neste momento, a utilização da palavra "guerra" é proibida.

A ativista foi colocada sob prisão domiciliária por causa da sua atitude interventiva - mas numa altura em que o Kremlin procura reprimir os críticos da invasão sobre a Ucrânia, Masha Alekhina passaria a ver-se obrigada a cumprir a sua pena numa colónia penal. Uma razão que a motivou, ainda mais, a abandonar o território russo, pelo menos temporariamente.

De acordo com o jornal, a artista ter-se-á disfarçado de estafeta de entregas de comida para fugir à polícia de Moscovo, que tinha estado a vigiar o apartamento onde se encontrava hospedada, pertencente a uma amiga. Terá deixado o seu telemóvel para trás, de forma a não ser seguida pelas autoridades.

Uma outra amiga terá levado a ativista até à fronteira com a Bielorrússia, tendo depois demorado uma semana a chegar até à Lituânia. A descrição desta 'aventura' aconteceu quando estava já na capital lituana, Vilnius.

"Fiquei feliz por ter conseguido, porque foi um grande e imprevisível" volte-face para as autoridades russas, explicou Masha Alekhina. "Ainda não compreendo completamente o que fiz", confessou.

A sua advogada, em declarações à agência estatal russa TASS, disse: "Não sei como conseguiu fazer isto, dada a estreita vigilância que as autoridades policiais organizaram sobre ela".

Desde o início da guerra, e com o presidente russo, Vladimir Putin, a fortalecer os mecanismos de repressão de todos aqueles que se pronunciavam contra a invasão sobre a Ucrânia, já milhares de pessoas tomaram a decisão de sair do país, por discordarem das políticas que lá têm vigorado.

A ofensiva militar russa sobre a Ucrânia causou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, das quais mais de 5,5 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU. Por sua vez, a mesma entidade revela que mais de três mil civis tenham perdido a vida, embora alertando para a probabilidade de o número real ser muito maior.

Leia Também: Invasão russa chegou a um "impasse", diz inteligência americana

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