O Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas vai reunir na Ucrânia, avança, esta segunda-feira, a agência Reuters. Segundo contaram fontes da instituição, a reunião, a ter lugar na quinta-feira, irá ser marcada pela situação em Mariupol e a denúncia de milhares de mortos na cidade.
O pedido para a mudança de local foi feito pela Ucrânia, dada a destruição na cidade de Mariupol e as suspeitas de milhares de mortos, escondidos pelos russos durante a tomada da cidade.
De recordar que a cidade portuária ainda não caiu - os russos tomaram grande parte da área urbana e organizaram um desfile esta segunda-feira, para comemorar o Dia da Vitória, mas a resistência ucraniana continua a aguentar na siderúrgica de Azovstal.
Segundo a Reuters, os diplomatas vão pedir ao Conselho para criar uma resolução que dê mais dados e recursos à recentemente criada comissão de inquérito, que investigará crimes de guerra na Ucrânia.
O pedido da delegação ucraniana foi subscrito por, pelo menos, outros 55 países, nos quais se incluem a Alemanha, os Estados Unidos, o Reino Unido e a Turquia.
Em abril, a Rússia foi suspensa do Conselho dos Direitos Humanos, mas optou por sair da organização antes da decisão entrar em vigor.
A guerra na Ucrânia já fez mais de 3.300 mortos na população civil, segundo os dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, que adverte que o número real de baixas poderá ser muito maior, dadas as dificuldades em contabilizar os mortos em cidades bombardeadas e sitiadas pelas tropas russas.
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