170 civis de Azovstal e de outras zonas de Mariupol chegam a Zaporizhzhia
Retirada de civis foi possível “graças à determinação” da ONU e do Comité Internacional da Cruz Vermelha, que trabalharam “de mãos dadas durante os últimos dez dias”.
© Getty Images
Mundo Guerra na Ucrânia
A Organização das Nações Unidas (ONU) revelou, este domingo, que mais de 170 civis retirados do complexo siderúrgico de Azovstal e de outras áreas de Mariupol chegaram hoje à cidade de Zaporizhzhia, “onde organizações humanitárias lhes prestarão assistência imediata”.
“É com alívio que podemos confirmar que mais de 170 civis que sofreram mais de dez semanas de intensos bombardeamentos e combates podem agora ter algum descanso em Zaporizhzhia”, anunciou a ONU em comunicado.
Estas pessoas, algumas com crianças, foram levadas para um parque de estacionamento de um centro comercial, que se transformou num centro de acolhimento para quem foge das zonas ocupadas pelo exército russo.
No total, 174 civis transportados por oito autocarros chegaram a esta grande cidade do sudeste ucraniano "a partir do inferno de Mariupol", precisou no Twitter a coordenadora humanitária das Nações Unidas para a Ucrânia, Osnat Lubrani.
Segundo os dados da organização, “esta nova operação de passagem segura eleva o número total de pessoas retiradas da área para mais de 600”, trabalho que foi possível “graças à determinação” da ONU e do Comité Internacional da Cruz Vermelha, que trabalharam “de mãos dadas durante os últimos dez dias”.
No entanto, alerta, o trabalho “ainda não está concluído”. “A ONU está ciente de que dezenas de pessoas que queriam juntar-se aos comboios de evacuação nos últimos dias não conseguiram fazê-lo”, ressalva a nota.
I'm relieved to confirm that we managed to bring 174 more people to safety from the hell of Mariupol today.
— Osnat Lubrani (@OsnatLubrani) May 8, 2022
Our work is not yet done. I don't forget those who've been left behind. pic.twitter.com/D7VpVVAl62
“Continuaremos o nosso compromisso com ambas as partes em conflito para garantir que aqueles que desejam partir tenham as garantias de fazê-lo com segurança e na direção de sua escolha, e que possamos chegar às pessoas que precisam desesperadamente de assistência humanitária em Mariupol e outras áreas de difícil acesso em toda a Ucrânia”, acrescenta.
Sublinhe-se que a vice-primeira-ministra da Ucrânia, Iryna Veheshchuk, anunciou ontem, sábado, que “todas as mulheres, crianças e idosos foram retirados de Azovstal”, depois de ali terem passado os últimos dois meses.
A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro e a ofensiva militar provocou já a morte de mais de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior. A ofensiva militar causou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, das quais mais de 5,5 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
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