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Iémen escapou a bombardeamentos aéreos no último mês após cessar-fogo

O Iémen, cuja guerra estalou em 2014, completou um mês sem sofrer bombardeamentos da aviação da coligação militar liderada pela Arábia Saudita, algo inédito desde 2015 e que ocorre por causa do cessar-fogo acordado em abril.

Iémen escapou a bombardeamentos aéreos no último mês após cessar-fogo
Notícias ao Minuto

23:58 - 05/05/22 por Lusa

Mundo Guerra

Segundo refere a agência EFE, citando fontes militares dos rebeldes houthis, o Iémen ainda não foi bombardeado desde que entrou em vigor uma trégua dois meses celebrada em 02 de abril com o governo internacionalmente reconhecido e a aliança militar que o apoia.

Apesar disso, as mesmas fontes assinalaram que a coligação militar efetuou ataques com drones na passada segunda e quarta-feira em duas províncias estratégicas do país, após um mês sem ataques aéreos.

A organização "Iémen Data Project" salientou, porém, em comunicado que "pela primeira vez desde fevereiro de 2015, nenhum ataque aéreo da coligação liderada pela Arábia Saudita no Iémen foi registado durante 30 dias".

A mesma nota realça que esta é a primeira vez desde o início do conflito "que um cessar-fogo resultou na cessação completa dos ataques aéreos" e lembra que em tréguas anteriores os bombardeamentos diminuíram, mas não pararam.

O comunicado destaca igualmente que esta "pausa sem precedentes na campanha de bombardeamentos" verificou-se após um "aumento significativo" dos ataques aéreos da coligacão militar no primeiro trimestre de 2022, onde o número de mortes ultrapassou o número de fatalidades dos últimos quatro anos.

Entre janeiro e março deste ano, pelo menos 471 civis foram mortos em bombardeamentos da aliança militar, um número 40 vezes superior a igual período do ano anterior e o maior registado desde o início de 2018, indica o "Iémen Data Project".

Esta organização, que não documenta ataques de drones, diz que, desde que a coligação árabe interveio no Iémen em 2015, foram executados quase 25 mil ataques aéreos, que mataram quase nove mil civis e causaram 10 mil feridos.

Leia Também: Coligação Árabe anuncia libertação de 163 prisioneiros rebeldes iemenitas

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