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Coligação Árabe anuncia libertação de 163 prisioneiros rebeldes iemenitas
A coligação militar liderada pela Arábia Saudita que intervém na guerra do Iémen anunciou hoje que vai libertar 163 membros do movimento rebelde houthi, no sentido de procurar a paz.
© Reuters
Mundo Arábia Saudita
"As forças conjuntas da coligação vão libertar 163 prisioneiros houthis que participaram das hostilidades contra o reino saudita", disse num comunicado o porta-voz da aliança, general saudita Turki Al Maliki, citado pela agência de notícias oficial da Arábia Saudita, SPA.
A liberação, disse Al Maliki, é uma medida "em apoio aos esforços para acabar com a crise iemenita e alcançar a paz e os esforços das Nações Unidas para consolidar a trégua atual e criar uma atmosfera de diálogo entre as partes iemenitas".
Este anúncio surge durante um cessar-fogo de dois meses acordado entre todas as partes beligerantes no conflito iemenita, em vigor 02 de abril, e enquanto o Governo internacionalmente reconhecido do Iémen estuda uma proposta de troca de prisioneiros apresentada há um mês pela ONU.
O porta-voz da coligação árabe acrescentou que já foram tomadas medidas para libertar os 163 prisioneiros "em coordenação com o Comité Internacional da Cruz Vermelha, para que possam ser transferidos para a capital da República do Iémen", Sanaa, tomada pelos houthis desde o início da guerra, em 2014.
Al Maliki concluiu a sua declaração ressaltando o interesse dos líderes da aliança "em acabar com a troca de prisioneiros e mártires".
Em 2018, as partes em conflito chegaram a um acordo em Estocolmo que incluía a troca de 15 mil prisioneiros, mas até agora apenas pouco mais de 4.000 foram acordados.
Há um mês, os rebeldes houthis anunciaram um acordo patrocinado pelo enviado especial da ONU para o Iémen, Hans Grundberg, para trocar mais de 2.200 prisioneiros, mas o Governo negou-os e afirmou que a proposta estava pendente de estudo e aprovação final.
Desde então, Hans Grundberg não se pronunciou sobre o assunto.
Essa troca incluiu 1.400 prisioneiros houthis e 823 cativos mantidos pelos insurgentes, incluindo 16 sauditas e três soldados sudaneses, bem como um antigo ministro da Defesa do Iémen e um irmão do Presidente do iemenita, Abdou Rabu Mansur Hadi.
Em 07 de abril, logo após o cessar-fogo que coincidiu com o início do mês sagrado muçulmano do Ramadão, Abdou Rabu Mansur Hadi, considerado um obstaculo à paz pelos houthis, renunciou e entregou todos os seus poderes a um órgão composto por oito representantes de todas as fações que lutam contra os rebeldes.
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