Alguns manifestantes estacionaram camiões em pontes na capital arménia, Erevan, interrompendo por breves momentos o tráfego rodoviário, enquanto pequenos grupos de manifestantes tentavam bloquear outras vias rodoviárias.
Várias dezenas de pessoas foram detidas na sequência destas ações, segundo relatou a AFP, mas sem indicar um número exato.
A Arménia tem sido palco há vários dias de manifestações que pedem a renúncia de Pashinian, a quem os opositores acusam de querer entregar o enclave separatista de Nagorno-Karabakh ao Azerbaijão.
Mais de 200 manifestantes foram detidos em várias cidades da Arménia na terça-feira, tendo sido libertados no mesmo dia.
O vice-presidente do Parlamento e líder da oposição, Ichkhan Sagatelian, disse que os protestos "irão crescer cada vez mais até que Pashinian renuncie".
As ex-repúblicas soviéticas da Arménia e do Azerbaijão lutam há três décadas pela região de Nagorno-Karabakh, território de maioria arménia e que declarou a secessão do Azerbaijão.
A última guerra na região ocorreu em novembro de 2020. Sob a mediação de Moscovo, a Arménia e o Azerbaijão firmaram um cessar-fogo que pôs fim ao conflito armado de seis semanas e a Rússia enviou "forças de manutenção de paz" para a região.
Os combates, que fizeram mais de 6.500 mortos em 2020, ficaram marcados pela derrota da Arménia, cujo Governo foi obrigado a ceder importantes territórios que controlava desde a primeira guerra do início dos anos 1990.
A região do Nagorno-Karabakh separou-se do Azerbaijão após o colapso da União Soviética, tendo a guerra dos anos 1990 provocado a morte de 30 mil pessoas e milhares de refugiados.
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