Cerca de 200 detidos em protestos antigovernamentais na Arménia
Cerca de 200 pessoas foram detidas esta segunda-feira em Erevan, durante manifestações anunciadas pela oposição no domingo, para exigir a demissão do primeiro-ministro da Arménia Nikol Pashinián, divulgaram os 'media' locais.
© Reuters
Mundo Arménia
Segundo o portal de notícias News.am, que citou fontes policiais, terão sido detidas 189 pessoas pelo "não cumprimento da lei".
No domingo, a oposição arménia reuniu cerca de dez mil pessoas no centro de Erevan, anunciando o início de protestos ininterruptos, a partir desta segunda-feira, para exigir a saída do líder do governo, Nikol Pashinián.
O primeiro-ministro é acusado de fazer concessões unilaterais no conflito entre a Arménia e o Azerbaijão em Nagorno-Karabakh.
As ex-Repúblicas soviéticas da Arménia e do Azerbaijão lutam há três décadas pela região de Nagorno-Karabakh, território com maioria arménia e que declarou a secessão do Azerbaijão.
A última guerra na região ocorreu em novembro de 2020. Sob a mediação de Moscovo, a Arménia e o Azerbaijão firmaram um cessar-fogo que pôs fim ao conflito armado de seis semanas e a Rússia enviou "forças de manutenção de paz" para a região.
Os combates, que fizeram mais de 6.500 mortos em 2020, ficaram marcados pela derrota da Arménia cujo governo foi obrigado a ceder importantes territórios que controlava desde a primeira guerra do início dos anos 1990.
A região do Nagorno-Karabakh separou-se do Azerbaijão após o colapso da União Soviética, tendo a guerra dos anos 1990 provocado a morte de 30 mil pessoas e milhares de refugiados.
Desde 17 de abril que estão a decorrer ações antigovernamentais, marchas e comícios na Arménia, após Pashinián ter afirmado, no Parlamento, que a comunidade internacional exige que Erevan "diminua as exigências" sobre o estatuto de Karabakh e assine um acordo de paz com o Azerbaijão.
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