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Ucrânia identifica dez soldados russos por crimes cometidos em Bucha

Soldados russos "fizeram reféns civis desarmados, não lhes forneceram comida e água, mantiveram-nos de joelhos com as mãos atadas e os olhos cobertos de fita adesiva, humilharam-nos e espancaram-nos". 

Ucrânia identifica dez soldados russos por crimes cometidos em Bucha

A procuradora-geral da Ucrânia, Iryna Venediktova, revelou esta quinta-feira que foram identificados dez soldados russos, alegadamente envolvidos em crimes cometidos contra civis na cidade de Bucha.

Num comunicado, publicado na rede social Facebook, Venediktova revela que num “muito curto espaço de tempo, a investigação estabeleceu que durante a ocupação de Bucha” os soldados identificados "fizeram reféns civis desarmados, não lhes forneceram comida e água, mantiveram-nos de joelhos com as mãos atadas e os olhos cobertos de fita adesiva, humilharam-nos e espancaram-nos".

“Agrediram-nos de forma a que lhes revelassem informações sobre a localização das Forças Armadas [da Ucrânia]. Alguns foram torturados sem qualquer razão. Os soldados russos ameaçaram as vítimas de morte e até fingiram a execução dos seus prisioneiros, atirando sobre eles”, acrescentou.

Em causa estão elementos da 64.ª brigada do exército russo, a mesma que foi condecorada pelo presidente Vladimir Putin pelo seu “heroísmo gigantesco” e “coragem, resistência e resiliência”.

Na ótica de Venediktova, a condecoração de Putin “é a prova de que as atrocidades em Bucha foram uma tarefa executada a partir de cima”. “O papel e a participação de cada um  destes soldados nestes crimes foi estabelecido através de um trabalho de investigação e coordenação de procuradores e agentes da polícia. Estamos atualmente a verificar o seu envolvimento nos assassínios em Bucha”, acrescentou.

Sublinhe-se que os primeiros relatos de crimes contra civis na cidade ucraniana de Bucha surgiram no início do mês. Segundo as autoridades ucranianas, civis foram violados, torturados e mortos pelas tropas russas. Os ataques têm sido negados pelo Kremlin, que defende que as imagens divulgadas são “falsas” e têm como objetivo denegrir a imagem do exército russo.

Ao 64.º dia da invasão russa da Ucrânia, quase três mil civis morreram, segundo dados apurados pela Organização das Nações Unidas (ONU), que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

[Notícia atualizada às 15h06]

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