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África. FAO quer estratégia contra doenças de alto impacto na pecuária

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) alertou hoje para a necessidade de os Estados-membros da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) reforçarem as estratégias contra as doenças de alto impacto na pecuária.

África. FAO quer estratégia contra doenças de alto impacto na pecuária
Notícias ao Minuto

11:22 - 14/04/22 por Lusa

Mundo África Austral

Em comunicado, esta organização referiu que o subsetor da pecuária na região da SADC está "a crescer mais rapidamente do que a maioria das componentes da economia agrícola".

Os principais motores deste desenvolvimento são "o rápido crescimento populacional, a urbanização e o aumento do consumo de alimentos de origem animal, devido à melhoria do rendimento e a uma classe média em crescimento".

Segundo o escritório regional da FAO para África, nos últimos anos novos serótipos de febre aftosa e outras doenças animais transfronteiriças emergentes, como a peste suína africana, peste dos pequenos ruminantes e a gripe aviária altamente patogénica têm ameaçado a segurança alimentar e a segurança dos 16 países da região da África Austral.

"Estas doenças são responsáveis por perdas significativas de produção animal e limitam o crescimento socioeconómico", lê-se no comunicado.

"A falta de quadros políticos e regulamentares adequados mina o cumprimento dos requisitos sanitários, limitando assim as oportunidades comerciais e o acesso aos mercados regionais e internacionais", refere a organização.

Tendo em conta que, além de alguns países que gozam de acesso a mercados lucrativos de exportação de carne bovina, "a maioria dos Estados-membros da SADC ainda não conseguiu libertar todo o potencial dos seus recursos pecuários", a FAO está a desenvolver o projeto "Apoio à Operacionalização da Política Agrícola Regional da SADC" (STOSAR) para "reforçar a cooperação regional na abordagem das doenças animais transfronteiriças e reduzir os seus efeitos negativos na segurança alimentar, nutrição e comércio".

"A gestão de doenças animais transfronteiriças de alto impacto é complexa e pode esgotar rapidamente as capacidades dos países, em termos de contenção e erradicação. Requer, portanto, um esforço coletivo, associado a abordagens inovadoras, para gerir os riscos das doenças animais e da segurança alimentar que comprometem a segurança alimentar e o comércio internacional", indica a FAO.

E defendeu "o desenvolvimento e a adoção de normas harmonizadas e procedimentos validados adaptados ao contexto da região são também necessários".

"Uma gestão bem-sucedida das doenças animais depende, em grande parte, de uma abordagem regional, onde os países com maior capacidade trabalham em conjunto de uma forma coordenada", adiantou a organização.

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