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Ucrânia. Japão congela bens de mais 398 russos, incluindo filhas de Putin

O Japão anunciou hoje a imposição de novas sanções à Rússia devido à invasão da Ucrânia, com o congelamento dos bens de 398 russos no país, incluindo as filhas do Presidente russo, Vladimir Putin.

Ucrânia. Japão congela bens de mais 398 russos, incluindo filhas de Putin
Notícias ao Minuto

08:06 - 12/04/22 por Lusa

Mundo Rússia/Ucrânia

"Para evitar que a situação se agrave ainda mais e chegar a um cessar-fogo para pôr fim à invasão o mais rápidamente possível, é necessário adotar sanções severas", disse, numa conferência de imprensa, o porta-voz do governo japonês, Hirokazu Matsuno.

"Atos hediondos e desumanos estão a ser revelados não apenas em Bucha, mas também em muitos outros lugares. A morte de civis inocentes viola o direito internacional e é um crime de guerra", disse Matsuno.

O Japão adicionou Ekaterina Tikhonova e Maria Vorontsova, filhas de Putin, e Maria Lavrova e Ekaterina Lavrova, mulher e filha, respetivamente, do ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, a uma lista que já conta 499 indivíduos.

A maioria dos indivíduos incluídos na lista está ligado à Duma, câmara baixa do Parlamento russo, e às forças militares da Federação Russa.

Tóquio decidiu também adotar sanções adicionais contra 28 empresas e organizações russas, incluindo os bancos Sberbank e Alfa Bank. As sanções nipónicas abrangem atualmente um total de 47 entidades.

Desde o início do conflito que o Japão tem imposto sanções a entidades e cidadãos russos e bielorrussos, incluindo o Presidente da Bielorrússia, Alexandre Lukashenko.

As medidas punitivas também afetam as exportações de produtos japoneses com potencial uso militar ou de artigos de luxo para a Rússia, as importações russas de certos produtos e as transações com moedas virtuais.

Em 08 de abril, o primeiro-ministro nipónico, Fumio Kishida, anunciou que Japão iria renunciar à compra de carvão russo e expulsar oito diplomatas russos, na sequência de alegações de massacres de civis por tropas russas na região de Kyiv.

Também os Estados Unidos, o Reino Unido e a União Europeia já tinham anunciado, na semana passada, sanções contra as duas filhas de Putin.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.842 civis, incluindo 148 crianças, e feriu 2.493, entre os quais 233 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,5 milhões para os países vizinhos.

Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: UE e Reino Unido avançam com sanções contra filhas de Putin

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